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Publicado: Segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo

A liturgia da missa do domingo, 11 de janeiro de 2009, tem por tema o Batismo do Senhor.

Corre o evangelho por conta de Marcos, justamente o personagem que marca e responde pelo corrente Ano B.  Um texto extremamente curto. Porém: extremamente denso.

Em meros cinco versículos, de 7 a 11, do primeiro capítulo.

Veja-se:

"Naquele tempo, João Batista pregava, dizendo:

"Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo".

Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi batizado por João no rio Jordão. E logo ao sair da água, viu o céu se abrindo e o Espírito, como pomba, descer sobre ele.

E do céu veio uma voz:

"Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer".

 
Impressiona deveras – chama realmente a atenção – que normalmente seja o texto sagrado limpo e breve, objetivo no entanto e de vasto conteúdo. Tem o condão de, em poucas palavras, trazer considerações da maior profundidade.

Na característica dos comentários que se fazem neste espaço e que  também procuram primar pela brevidade, pode-se limitar a reflexão dominical em dois pontos capitais e relevantes.
 
João proclama que de Jesus sequer seria digno de desatar-lhe as amarras de suas sandálias. Parece frase de efeito ou bombástica, como é usual ouvir-se por aí, da boca de muitos que falam principalmente por simplesmente desejo de agradar. Vão ao cúmulo do exagero.

A manifestação de João, entanto, aqui, é absolutamente pura. Fala mais até o seu próprio coração. Ele também nem tanto quis revelar humildade sua - se depreende de que essa não é a mensagem central - e sim deu veemente testemunho da grandeza divina do Mestre.

Deu-se então o batismo de Jesus, que se exemplo de sujeição a preceitos sacros, ele que sequer precisava, pelas águas derramadas nele por João Batista.
 
Uma segunda chamada, interessante por sinal, a de que, após batizado, o Espírito Santo simbolizado numa pomba, pousa sobre Jesus. Ato contínuo, a voz vinda do céu, Deus Pai, a falar do amor ao Filho, objeto de toda sua complacência.

Em resumo, num momento único, a manifestação das três pessoas da Trindade una e Santa, indivisível.

O dogma de fé da Igreja, o do mistério da Santíssima Trindade, digna e merecedora de todo louvor, honra, adoração e glória.

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