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Publicado: Sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Desaceleração na ocupação

Desaceleração na ocupação

Segundo IBGE, a taxa de desocupação foi estimada em 4,7% em dezembro de 2011, a menor para o mês de dezembro e também a menor taxa de toda a série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) iniciada em março de 2002, registrando queda de 0,5 ponto percentual em relação ao resultado apurado em novembro (5,2%) e de 0,6 ponto percentual na comparação com dezembro de 2010 (5,3%).

Com esse resultado, na média dos 12 meses de 2011, a taxa de desocupação ficou em 6,0%, também a menor média anual, inferior em 0,8 ponto percentual à observada em 2010 (6,7%) e 6,4 pontos percentuais abaixo da média de 2003 (12,4%)

A população desocupada em dezembro de 2011 (1,1 milhão de pessoas) caiu 9,5% no confronto com novembro (menos 119 mil pessoas) e 9,4% em comparação com dezembro de 2010 (menos 118 mil pessoas). No ano de 2011, os desocupados somaram, em média, 1,4 milhão de pessoas, 10,4% a menos que em 2010 (1,6 milhão), o que representou menos 166 mil desocupados em um ano. Com relação a 2003, o contingente de desocupados, de 2,6 milhões, caiu 45,3% ou seja, nesse período a redução atingiu 1,2 milhão de pessoas.

A população ocupada (22,7 milhões) manteve-se estável frente a novembro e apresentou aumento de 1,3% no confronto com dezembro de 2010, o que representou elevação de 283 mil ocupados no intervalo de 12 meses. Na média de 2011, os ocupados somaram 22,5 milhões de pessoas, um contingente 2,1% maior que o de 2010 (22,0 milhões) e 21,3% superior a 2003.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,2 milhões) não registrou variação na comparação com novembro e teve elevação de 6,0% na comparação com dezembro de 2010, o que representou um adicional de 638 mil postos de trabalho com carteira assinada no período de um ano. Esses resultados levaram, na média de 2011, a um recorde na proporção de trabalhadores com carteira assinada (10,9 milhões) em relação ao total de ocupados: 48,5%, frente a 46,3% em 2010 e 39,7% em 2003.

O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.650,00, o valor mais alto para o mês de dezembro desde 2002) subiu 1,1% em comparação com novembro. Frente a dezembro de 2010, o poder de compra dos ocupados cresceu 2,6%. A média anual do rendimento médio mensal habitualmente recebido no trabalho principal foi estimada em R$ 1.625,46(aproximadamente três salários mínimos), o que correspondeu a um crescimento de 2,7%, em relação a 2010. Entre 2003 e 2011, o poder de compra do rendimento de trabalho aumentou em 22,2%.

O rendimento domiciliar per capita aumentou de 2010 para 2011 em 3,8%. De 2003 para 2011, o crescimento chegou a 35,5%.

A massa de rendimento real habitual (R$ 37,8 bilhões) aumentou 0,7% em relação a novembro. Em comparação com dezembro de 2010, a massa cresceu 3,4%. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 40,9 bilhões), estimada em novembro de 2011, subiu 9,3% no mês e 7,1% no ano.

A massa de rendimento real mensal habitual (média anual) estimada para 2011, em R$ 36,9 bilhões, nas seis regiões metropolitanas, resultou em um aumento de 4,8% em relação a 2010 e 47,9% na comparação com 2003.

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