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Publicado: Sábado, 24 de abril de 2010

Decálogo negativo

Não se pode negar que a degradação humana é colossal. E daí, não é demais inferir que os dez mandamentos, instituídos por Deus como norma geral, tenham sido invertidos e vigorem de forma negativa, como a seguir se transcreve: 1º mandamento:- não amar a Deus sobre todas as coisas: 2º - tomar seu santo nome em vão; 3º - não guardar domingos  e festas; 4º - não honrar pai e mãe; 5º - matar; 6º - pecar contra a castidade; 7º - furtar; 8º - levantar falso testemunho; 9º - desejar a mulher do próximo; 10º - cobiçar as coisas alheias.

Se formos absolutamente sinceros na consideração desde decálogo negativo, concluiremos que o mundo hodierno (e nós constituímos ínfima parcela dele), o segue rigorosamente, com as exceções de praxe. Oh, benditas exceções! Aquelas exceções que manifestam a infinita misericórdia divina, como na passagem bíblica em que Abraão, dialogando com o próprio Deus, pede a compaixão dele para os 50 justos existentes na cidade, cujo número foi diminuindo paulatinamente até chegar a dez. Deus não destruiria Sodoma se existissem dez justos! Assim também podemos entender que a prática do decálogo negativo é tolerada porque, induvidosamente, existe um pequeno número de justos implorando pela misericórdia divina. Não fossem esses justos, estaríamos reduzidos a pó de traque e pagando pelas nossas faltas desde já.

Feitas essas considerações, temos ainda a petulância de reclamar contra a situação atual? Contra as doenças, crises, dissabores, infortúnios, guerras,atentados terroristas, crimes, desgovernos et caterva? Chega de choramingar contra planos econômicos fracassados governos e políticos incompetentes, aumento de criminalidade, da violência e da pobreza. Precisamos, é induvidoso, descobrir ou redescobrir a verdade e dentro da verdade tomar conhecimento das razões da nossa existência e então, seguir os caminhos que devemos trilhar – não mais titubeantes e inseguros –, mas firmes, coerentes, tranquilos.

É urgente que se restabeleça e se pratique o verdadeiro e inviolável decálogo. Nada mais será necessário para se alcançar a tão apregoada modernidade, inacessível, porque todos os caminhos são tentados, menos aquele que realmente conduz à ambicionada Canaã. (Do livro: Ainda Há Esperança.)

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