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Publicado: Quinta-feira, 8 de julho de 2010

Copa do Mundo não melhora a educação

A euforia dos jogos da Copa serviu também para desviar a atenção dos assuntos mais importantes, como a escola pública, especialmente no Estado de São Paulo. Somos os campeões em um monte de coisa ruim. Violência, analfabetismo e pagamos um dos maiores impostos do mundo. A gasolina, só para dar um exemplo, é a mais cara do mundo. Um país que ganha a copa do mundo dá uma alegria momentânea para o tão sofrido povo. Com escolas de má qualidade e insuficientes.

A Constituição diz que educação é direito, mas as nossas autoridades e nossos políticos não entendem assim. Temos uma escola pública falida em todos os aspectos, mergulhada na corrupção e principalmente da impunidade. O povo não tem onde reclamar dos abusos da escola.

O Secretário de Educação ilhado num mar de assessores. Longe do povo, muito longe. Só recebe informações em segunda mão. Ou depois de passar por várias pessoas, cada um conta o conto e tira ou coloca um ponto.

Quando tem uma idéia genial, com a de autorizar as Diretorias de Ensino a contratar universitários em tempo determinado, para evitar falta de professores, a sua proposta é distorcida. Autoriza as diretorias de ensino a elaborar critérios, que nem sempre são justos, descaracterizando a idéia principal, que é de impedir alunos de ficarem sem aulas.

Não é ganhar uma Copa do Mundo que transforma um país medíocre numa grande nação. É a educação. Só a educação muda o rumo de uma nação.

Estranhamente, o nosso Secretário de Educação declarou várias vezes que a boa escola é aquela que a comunidade participa. Então ele já sabe por que nossa escola é tão ruim. Ele já sabe o diagnóstico, falta dar o remédio. Um remédio que é amargo, mas cura, difícil de aplicar, precisa coragem para peitar a corporação, mas vai curar a nossa escola pública.

A nossa, uma escola medíocre e falida moralmente, vai colocar o Brasil no último lugar sempre, não importa o resultado da Copa.

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