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Publicado: Quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Contra o horário eleitoral

Crédito: Internet Contra o horário eleitoral
Dá até medo dessa telinha...

Prepare-se: em breve teremos que suportar mais uma vez o famigerado Horário Eleitoral Gratuito (HEG) para rádio e televisão. Candidatos dos mais variados tipos, dos sérios aos aventureiros, dos experientes aos novatos, dos que tentam se reeleger aos que tentam uma primeira chance, invadirão nosso cotidiano.

Começo afirmando que sou contra o HEG. Em primeiro lugar, ele não é gratuito: se emissoras de rádio e televisão são concessões públicas, quem paga tudo isso somos nós eleitores que contribuímos com impostos em cascata. Caso consideremos também as verbas que os partidos esbanjam na produção de tais programas, veremos que não há nada de graça nesse universo.

Sou contra o HEG também por sua obrigatoriedade. Numa pretensa democracia, obrigar todas as pessoas a assistirem ou ouvirem seus programas é no mínimo controverso. Como é controversa a obrigatoriedade do voto e do alistamento militar. Enfim...

Numa democracia de verdade, todos deveríamos ter a opção de assistir ou não ao HEG. A programação de candidatos poderia ser veiculada 24 horas em um canal público, em funcionamento apenas para isso em época de eleições. Quem quisesse assistiria. Quem não quisesse poderia acompanhar os outros canais normalmente.

Outra coisa absurda é determinar o tempo de cada partido no HEG de acordo com o tamanho de sua bancada no Congresso Nacional. Isso é ridículo e nada democrático. Melhor seria se todas as coligações tivessem o mesmo tempo para expor suas idéias, equiparando com justiça os grandes partidos e os mais nanicos. Venceriam as melhores propostas e não os maiores partidos...

Pra terminar, o HEG poderia ser veiculado como uma série de entrevistas. Um entrevistador oficial falaria com todos os candidatos aos cargos majoritários, naquele mesmo canal público aberto apenas para essa finalidade. Durante as entrevistas as propostas seriam muito mais apreciadas, em vez das peças de marketing eleitoral que nos fazem engolir musiquinhas e personagens folclóricos.

Graças a Deus temos a internet. Na hora do HEG passe mais tempo aqui lendo e comentando meus artigos e os dos colegas de site.

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