Publicado: Segunda-feira, 12 de agosto de 2002
CONTABILIDADE CRIATIVA
As fraudes contábeis nas grandes corporações americanas vem provocando uma sucessão de escândalos, deixando todos abismados e indignados, pois, atinge em cheio os investidores e abala toda a confiança no mercado.
Os valores das fraudes são astronômicos como a ENRON US$ 13 bilhões, XEROX US$ 6,4 bilhões, WORLDCOM US$ 3,8 bilhões, MERCK US$ 12,4 bilhões
e outras. Isto foi provocado por uma maquiagem efetuada nos balanços dessas empresas o que transformou prejuízos em lucros.
Um incentivo à pratica dessas fraudes, é a ganância dos principais diretores (CEO), dessas empresas, pois, tem a maior parte de sua remuneração atrelada aos resultados obtidos, o que fez fortunas serem
geradas da noite para o dia.
Segundo o Financial Times, nos últimos três anos, os executivos de empresas que faliram nos EUA, ganharam US$ 3,3 bilhões e suas empresas quebradas, deixaram 100 mil pessoas desempregadas e acionistas na lona.
Aqui no Brasil não temos o hábito de investir em ações, justamente por não confiar na Bolsa de Valores e nas Companhias além de não entender a
complexidade das demonstrações contábeis.
Mas o norte americano confia tanto, que tem a maioria do seu patrimônio representado por investimentos em ações, e depois do ocorrido o valor
das ações virou pó e não há compradores motivados pela falta de confiança.
Os investidores já tinham sido alertados pelo presidente de FED, o Banco Central Americano, Alan Greenspan de que havia uma bolha a explodir, ou
uma exuberância irracional, com o valor das ações, pois, estas estavam em um patamar muito acima da realidade.
Acabaram conhecendo o drama já vivido por paises sub desenvolvidos, em que muitos viram seu patrimônio serem dizimados por planos econômicos,
pela desvalorização cambial, pela especulação ou ataque de investidores.
Contribuiu para isso o fato das gigantes de auditoria, conhecidas como as Big Five, passarem a fazer também consultoria e como essa pratica é
bem mais lucrativa que o seu negócio original, ficarem vinculadas com as atitudes incorretas dos executivos dessas corporações. Um exemplo dessas
fraudes primárias foi contabilizar como investimentos, gastos que eram despesas no valor de US$ 3,8 bilhões (Worldcom).
Thomaz Dawson, porta voz do FMI, disse que a lição que aparece nos países desenvolvidos agora é que a contabilidade de todos poderia ser melhor.
No Brasil uma medida que provocou muita discussão e se mostrou polêmica, mas hoje prova o seu acerto foi a implantação do rodízio qüinqüenal entre as empresas de auditoria.
Outra medida polêmica foi à instrução 308 do CVM, que impedia que uma mesma empresa realizasse atividades de auditoria e consultoria, mas que
foi por enquanto contestada pelo famoso lobby das multinacionais do setor.
Uma medida como essa faz com que acertos entre auditores/consultores e seu cliente fique mais difícil, pois, o papel do auditor e do contador não é ser submisso apenas para poder receber o seu honorário no final do mês e dar uma nova roupagem a uma situação contábil.
As universidades americanas de contabilidade vão criar uma disciplina chamada Contabilidade Criativa, onde serão estudados e analisados essas fraudes monumentais.
Acho que a despeito de toda critica que a classe contábil possa receber por atitudes de conveniência como essa, isso vai valorizar e aumentar a responsabilidade e a importância do trabalho do contador. As empresas de contabilidade que prestam serviços terceirizados a pequenas e médias empresas, podem e devem oferecer além da qualidade, independência a seus clientes, o que garante uma confiabilidade ainda maior na execução
desses serviços.
Os valores das fraudes são astronômicos como a ENRON US$ 13 bilhões, XEROX US$ 6,4 bilhões, WORLDCOM US$ 3,8 bilhões, MERCK US$ 12,4 bilhões
e outras. Isto foi provocado por uma maquiagem efetuada nos balanços dessas empresas o que transformou prejuízos em lucros.
Um incentivo à pratica dessas fraudes, é a ganância dos principais diretores (CEO), dessas empresas, pois, tem a maior parte de sua remuneração atrelada aos resultados obtidos, o que fez fortunas serem
geradas da noite para o dia.
Segundo o Financial Times, nos últimos três anos, os executivos de empresas que faliram nos EUA, ganharam US$ 3,3 bilhões e suas empresas quebradas, deixaram 100 mil pessoas desempregadas e acionistas na lona.
Aqui no Brasil não temos o hábito de investir em ações, justamente por não confiar na Bolsa de Valores e nas Companhias além de não entender a
complexidade das demonstrações contábeis.
Mas o norte americano confia tanto, que tem a maioria do seu patrimônio representado por investimentos em ações, e depois do ocorrido o valor
das ações virou pó e não há compradores motivados pela falta de confiança.
Os investidores já tinham sido alertados pelo presidente de FED, o Banco Central Americano, Alan Greenspan de que havia uma bolha a explodir, ou
uma exuberância irracional, com o valor das ações, pois, estas estavam em um patamar muito acima da realidade.
Acabaram conhecendo o drama já vivido por paises sub desenvolvidos, em que muitos viram seu patrimônio serem dizimados por planos econômicos,
pela desvalorização cambial, pela especulação ou ataque de investidores.
Contribuiu para isso o fato das gigantes de auditoria, conhecidas como as Big Five, passarem a fazer também consultoria e como essa pratica é
bem mais lucrativa que o seu negócio original, ficarem vinculadas com as atitudes incorretas dos executivos dessas corporações. Um exemplo dessas
fraudes primárias foi contabilizar como investimentos, gastos que eram despesas no valor de US$ 3,8 bilhões (Worldcom).
Thomaz Dawson, porta voz do FMI, disse que a lição que aparece nos países desenvolvidos agora é que a contabilidade de todos poderia ser melhor.
No Brasil uma medida que provocou muita discussão e se mostrou polêmica, mas hoje prova o seu acerto foi a implantação do rodízio qüinqüenal entre as empresas de auditoria.
Outra medida polêmica foi à instrução 308 do CVM, que impedia que uma mesma empresa realizasse atividades de auditoria e consultoria, mas que
foi por enquanto contestada pelo famoso lobby das multinacionais do setor.
Uma medida como essa faz com que acertos entre auditores/consultores e seu cliente fique mais difícil, pois, o papel do auditor e do contador não é ser submisso apenas para poder receber o seu honorário no final do mês e dar uma nova roupagem a uma situação contábil.
As universidades americanas de contabilidade vão criar uma disciplina chamada Contabilidade Criativa, onde serão estudados e analisados essas fraudes monumentais.
Acho que a despeito de toda critica que a classe contábil possa receber por atitudes de conveniência como essa, isso vai valorizar e aumentar a responsabilidade e a importância do trabalho do contador. As empresas de contabilidade que prestam serviços terceirizados a pequenas e médias empresas, podem e devem oferecer além da qualidade, independência a seus clientes, o que garante uma confiabilidade ainda maior na execução
desses serviços.
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