Conosco ninguém podosco
Aluna de 6 anos da Escola Estadual Reverendo Manuel da Silveira Porto Filho, Santo Amaro - São Paulo mudou de casa e não conseguiu vaga no CEU para concluir o ensino infantil. Os pais não se preocuparam muito, que ela com 4 anos sabia ler fluentemente e escrevia razoavelmente.Poderia estar no primeiro ano do fundamental.
Ocorre que ela não ficou só nisso. Deslanchou e foi muito além do que era esperado, aprendendo matérias de terceiro ano.
Fez testes na escola, dificílimos, em condições adversas e sob violenta pressão e tirou 10.
Os pais lutam para que ela seja reclassificada e frequente ano correspondente com seu desenvolvimento.
Ela não concluiu o Ensino Infantil por causa da falta de vaga no CEU perto de sua casa. Foi direto para o primeiro ano. Abriu então a brecha legal para negar a reclassificação na escola.
O Jornalista Alexandre Garcia disse uma vez que oito anos para criança aprender a ler é muito tempo, que a meta é injusta. O que dirá se souber desse caso?
Gente não tem fórmula pronta. Cada um é um Universo Individual e uma centelha de Deus.
Não temos Premio Nobel, não temos nova safra de líderes. A escola pública os mata no ninho.
Justamente a nossa Escola Pública que comete desatinos e afronta a lei diariamente não pode abrir uma brecha para favorecer uma criança com desenvolvimento intelectual acima da média.
Reunidos hoje dia 16 com um Assessor do Secretário, os pais e a Giulia Piero do blog Educaforum, ouviram que não podem fazer nada, só o Conselho Estadual pode tomar uma atitude. Mas o Conselho Estadual já se pronunciou ex ofício que não pode fazer nada.
Embora os pais sejam pessoas simples, são esclarecidos, educados e contam com a escola pública, aliás, não contam. A escola pública de São Paulo, o mais importante e o carro chefe do país não quer saber de criança com nível de aprendizado acima da média. Abaixo, também não. Só querem os de inteligência mediana e bonzinhos, de preferência.
Parece a grosso modo que está a escola apenas querendo mostrar que é ela quem manda e decide no legítimo esquema que a gente conhece bem: CONOSCO NINGUÉM PODOSCO.
A escola não é do aluno, esse está desvalido.
Se a criança é o futuro do país, o que se espera daqui para frente se estamos sem ver nem uma tênue luz no fundo do túnel?