Comparação de preços online
A comparação de preços online destrói o comércio tradicional?
O consumidor entra na loja, examina o produto e enche a paciência do vendedor com milhares de perguntas. No final, vai embora sem comprar.
Ao invés disso, dali mesmo pesquisa os preços dos concorrentes pelo seu dispositivo
móvel e adquire o produto em outro lugar, geralmente pela internet.
A cena se tornou melancolicamente habitual. Demonstra que não basta mais contar só com sorridentes vendedores com boa lábia, boa exposição do produto, e gentilezas com o freguês. Como os produtos e ofertas andam cada dia mais parecidos, são percebidos como commodity. Com isto, o que pesa na decisão é mesmo quem vende mais barato.
Isto significa que o comércio de tijolo e cimento vai ter que se reinventar, ou no futuro servirá apenas de vitrine para compras online.
O universo das viagens não está imune a esta situação. A cada dia novos aplicativos somam-se aos buscapés, expedias e trivagos da vida. Todos permitem facilmente comparar preços não só de mercadorias, mas também de hotéis, passagens aéreas ou aluguel de carro, entre outros.
Nesta toada, o mais recente app a chegar ao Brasil é o espanhol Weplan, que serve para
comparar tarifas de celular. Como eu e você a maioria das pessoas se sente perdida na hora de contratar uma tarifa, diante do cipoal confuso e variado de ofertas criado pelas operadoras.
Gratuito, disponível em vários países para equipamentos Android e iOS, o Weplan permite economizar em telefonemas e mensagens pelo celular. Na prática, o app se propõe a destrinchar a complicação programada pelas operadoras, ao analisar conexões, mensagens e chamadas efetivas do usuário em seu smartphone. Com base nesta avaliação, identifica a tarifa mais econômica e que melhor se adapta às suas necessidades. De lambuja, também ajuda a controlar o consumo, mediante alertas e estatísticas.
Ao utilizar seu próprio produto para analisar o mercado brasileiro, Pablo Reaño, CEO da Weplan, levou um tremendo susto. É que nós pagamos as tarifas mais caras de serviços de celular na América Latina. E com certeza uma das mais altas do mundo – algo que o estudo não explicita, mas já foi constatado por quem viaja com frequência para o exterior.