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Publicado: Quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Cochilos e descuidos

Nessa tarefa prazerosa de escrever semanalmente, é muito comum que o articulista o faça de última hora, acuado pelo excesso de compromissos e afazeres, a poucos minutos para o fechamento do jornal ou site.

Também não está dito aqui que, ao redigir com calma e tempo à vontade, os lapsos não aconteçam. 

Remetida a matéria à redação, mas ainda antes das edições, de volta ao computador, percebe-se, no mais das vezes, não haver tempo para as correções necessárias. Quantos períodos não seriam refeitos, alterados ou suprimidos.

Justamente daí, ocorre a lembrança dos ensinamentos do excelente mestre da língua portuguesa, que fora o Frei Mário Bastos, Carmelita. Ensinava que, redigido um texto, fosse o mesmo guardado numa gaveta, para exame um ou dois dias depois. Fatalmente, haveria alterações, assegurava.

Serve de consolo, a leitura de manuscritos de alguns autores célebres, cheios de anotações, inversão de trechos e riscos de supressão de frases inteiras. Mais difundida, neste particular, uma página escrita por Rui Barbosa, claro que a bico de pena, de fácil localização graças à mídia virtual. Prova inequívoca de que tanto palavras quanto ideias se atropelam na imaginação. Vistas mais tarde, pedem ou sugerem mudanças.

Para dizer pouco, neste espaço, semana passada mesmo (Joias da Prateleira), houve escorregões.

Sequer se pode chamar essa preocupação, de escrita sob pressão. Não se justifica. Mesmo com trabalho envolvido em falhas, ele é feito com boa vontade e carinho. Incorpora-se à vida, a inclinação para crônicas.

Para não se ficar somente em lamúrias, que autor ou jornalista não se compraz ao se lhe informar que seu artigo foi lido. É um enorme incentivo.

Aproveite-se então o espaço agora, para lembrar que está em vigor o Concurso Literário, “Um Olhar sobre Itu”, que reunirá crônicas em livro a ser editado em fevereiro de 2012. Promoção da ACADIL. Regulamento à disposição na Editora Ottoni.

Não serão poucas as pessoas sem oportunidade de divulgação de trabalhos, que assim podem alcançar os leitores e quem sabe se projetar. Deve haver muita vocação literária por aí à espera de chance.

Dentro de igual assunto e pois de imensa valia, o tradicional concurso “Talentos da Maturidade”, promovido pelo Banco  Real, ora incorporado pelo Santander. Vai além da literatura e se estende ao campo das artes e da música.  As inscrições estão abertas.

Esse anúncio faz lembrar também, já citado mais vezes, de um módulo criado na ACADIL, a que se denominou de “Letras & Música”, alusão casada entre a expressão literária e à música como arte. Os acadêmicos fazem a apresentação e ligeiro comentário antes de cada número, na exibição de corporações musicais, fanfarras e bandas marciais.

Foram cinco oportunidades, todas na Praça Padre Miguel, em manhãs de domingo. Banda União três vezes, Banda Nossa Senhora do Carmo e Banda Marcial de Salto. Uma sexta exibição ocorreu no Plaza Shopping, na 1ª. Semana Literária de Itu, com a Banda do Colégio Monteiro Lobato.

Escrever, retempera o espírito.

E você se junta sabe se lá a quantas pessoas.

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