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Publicado: Sábado, 5 de maio de 2007

Catastrofismo

Cultivamos a catástrofe. De há muito o gosto pelos filmes policiais, pelos noticiários sobre crimes, tragédias e tudo de sórdido e insólito que ocorre em nossa cidade, no Brasil e no mundo é de incrível interesse, um hobby desaconselhável e nocivo.
 
Já pela manhã, ao ligarmos a tevê ouvimos a chamada de que dois carros bombas explodem no Iraque; que incêndio destrói favela, que o pior inverno ocorre nos States, que assaltos a bancos continuam e balas perdidas atingem adolescentes e assim por diante.
 
Será que não seríamos mais felizes ou bem humorados se não ligássemos a tevê ou o rádio? Na hora do almoço, no jornal da tarde, a mesma cantilena, que se repete à noite nos noticiários nacionais que, então, emitem editoriais concitando tomadas de providências por quem de direito e autoridades responsáveis.
 
Instalamos a cultura da catástrofe. É aquilo que pior possuímos e a natureza perversa do homem aprecia. Enquanto não mudarmos a mentalidade e passarmos a cultivar o amor, a bondade e tudo que existe de generoso e gratificante no mundo, teremos de conviver com a violência, a maldade e os incríveis atos perversos de pavor, terrorismo, crueldades.
 
Essa cultura da catástrofe tem por origem o abandono dos princípios cristãos (sintetizada naquela máxima “viver com o pé em duas canoas”), solapados pela filosofia agnóstica, por sua vez embasada na proclamada dúvida cartesiana. Parece que há vislumbres de bons procedimentos nos administradores da sociedade com promessas de dedicação maior à área da educação onde, naturalmente não podem ser omitidos os ensinamentos da moral e do civismo.
 
O que se nos afigura duro de entendimento, para esses mesmos administradores, como há muito vimos salientando, é a necessidade de se cortar o ensinamento nocivo das tevês e do rádio, pois constituem fortes subsídios para crimes e para a imoralidade. Educa-se, nas escolas, de um lado; fora delas deseduca-se, permitindo ou tolerando, com áureas de simpatia, tudo que foi condenado naqueles ensinamentos!
 
Assim não dá, proclamaria o âncora Paulo Amorim. Precisamos nos integrar nos ensinamentos que nos elevam, porque a destinação do homem é a vida eterna. Praticar a filosofia da ignorância ou da dúvida (não sabemos nada, não temos certeza de nada) é grossa estupidez, porque deixamos de apreender alguma coisa sobre o que nos aguarda no final da existência.
 
Além do mais, deixamos de receber graças e benesses por tais posicionamentos contrários aos planos Divinos. Não caiamos na esparrela dos falsos profetas que nos faz lembrar aquele antigo provérbio: comprar o inferno pelo dobro do preço que custaria o céu.
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