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Publicado: Sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Campo de Prova

Fomos colocados no mundo para demonstrar a capacidade de amar o Criador de todas as coisas espontaneamente. Nada de obrigatoriedade, tudo bem livre, utilizando a liberdade, supremo bem da pessoa humana. Depois de demonstrarmos nosso amor para com Deus, observando os seus mandamentos, devemos ser convocados para uma felicidade eterna que, evidentemente não pode ser nesta vida.
 
Desta forma, concluímos que nos encontramos em um campo de prova. Não se trata dos jogos Panamericanos ou das Olimpíadas, onde esforçados atletas do mundo inteiro se apresentam para competir nas modalidades esportivas existentes, com o objetivo de serem considerados os melhores no gênero que participam.
 
Acontece que, na competição da vida, dado o predomínio absoluto da liberdade, as regras para sair vitorioso são amplas, permitindo a todos que consigam a sua medalhinha. Não apenas as de ouro, prata ou bronze, mas de todos os outros metais ou pedras preciosas, pois o Senhor disse que há inúmeras moradas em seu Reino, significando isso, que não há limite de premiação.
 
Todos receberão a devida recompensa. Repetindo: encontramo-nos, pois, em pleno campo de prova. Todavia, como participamos de mística competição, os regulamentos se encontram na consciência de cada um para o discernimento pessoal e aí o mérito do “atleta”. De acordo com os talentos recebidos, cada um deverá fazê-los frutificar, jamais enterra-los como fez o servo mau.
 
Em pleno campo de prova, as dificuldades e incertezas são muitas, a começar pela duração da competição. Desconhecemos qual o tempo que dispomos para cumprir nossas tarefas. Verificamos que a variabilidade é grande, muitos com exíguo, outros com médio e alguns com longo tempo pela frente.
 
Ninguém pode reclamar, quando muito discutir amigavelmente as razões dessa discriminação. Lastimamos que muitos abandonem cedo a competição e as vezes de forma abrupta e inesperada. Não conseguimos entender também, porque outros tenham vasto tempo para a competição, ou seja, chegam a envelhecer e ainda prosseguem no desempenho de suas tarefas.
 
Não compreendemos, outrossim, a imensa variedade de obstáculos em quantidade e qualidade, na sua distribuição aos participantes. Tudo é muito complexo, especialmente se considerarmos que Jesus viveu apenas 33 anos.
 
Em face dessa brevidade da vida de Jesus, podemos concluir que para a conquista das respectivas medalhas, no Reino Celestial, não há necessidade de se ter uma vida muito longa. Inferimos ainda que precisamos estar com saldo positivo na conta bancaria celestial, pois ignoramos o momento que seremos retirados da imensa Olimpíada da vida.
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