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Publicado: Quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Camaradagem, calma, atenção e respeito

Um tanto quanto ainda presa a crônica a temas de trânsito, enfoque da semana assada, permitam-se mais algumas considerações na mesma linha.

Continua por enquanto a fase de adaptação no uso da Avenida Galileu Bicudo. Em um ou outro ponto de seu traçado ainda não se conseguiu assimilação. Mas apresenta muito boa utilização e os entroncamentos, sequência de sinaleiras, não se constituem propriamente como embaraço maior. No geral, pois, uma obra de grande alcance e a descortinar um visual aberto e amplo numa região outrora um tanto fechada. Uniu bairros à cidade.

Trânsito, entanto, não significa apenas ruas e avenidas. Tampouco o veículo é o senhor das situações. Ambos os aspectos são inertes em si mesmos. Trânsito é sobretudo educação, que se reflete pois no principal dos personagens, nisso tudo: o homem.

Deixa-se a desejar quanto às boas maneiras dos cidadãos. Reflexo direto de que vige resquício da falta educação no geral. De seu aprimoramento muito se fala e por ela pouco se faz.

Entretanto, nesses termos, de atitudes sadias e de respeito, cidadania enfim, a educação deve mesmo começar em casa e não depender só do ensino oficial público e do ensino privado. Absolutamente.

Um componente sobremaneira atravessador em desmandos do gênero, insista-se, está representado pelas motos, algumas voadoras como se asas tivessem. Compostura dos condutores: quase nenhuma. Expressão corrente, por isso mesmo, quando a elas se referem as pessoas, são ditas como se a surgir do nada. Simplesmente aparecem e continuam no seu vôo curioso, o de voar no solo. Não existe controle sobre o seu excesso de velocidade, tal como se para tais veículos as regras não existissem. Sobem e descem à vontade. Vitimam-se eles próprios e pior ainda os seus semelhantes.

Regrinhas de trânsito – que são para todos – algumas, passam sumariamente ignoradas. Carro em movimento tem precedência sobre os parados. Veículos já entrados nas rótulas, têm igual preferência.

Não se sabe dizer se ainda lá o costume permanece. Em Brasília, por exemplo, respeita-se todo veículo já a circular pelas rótulas e, por não ter esquinas propriamente, em longas avenidas, se um transeunte se posta junto ao meio fio, os veículos lhes dão passagem. Era assim antes e tomara o seja ainda.

Acontece que em Itu, de poucas rótulas, tem-se a curiosa originalidade de existirem também “rótulas ovaladas”, o que em absoluto permite a entrada brusca dentro delas.

Meia crônica hoje, junte-se ela à da semana finda e a considerem, por favor, como se peça única fossem. Tema dividido por força das circunstâncias.

No mais: camaradagem, calma, atenção e respeito.

Vamos lá.

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