Publicado: Quarta-feira, 19 de abril de 2006
Borboleta Azul
A borboleta é um inseto notadamente colorido que circula pelos ares enquanto o sol apresenta sua luz. Observada de asas unidas, pode-se dizer que está em estado de repouso. o que não significa distração. Esses fulgurantes artrópodos alimentam-se do néctar e de outros líquidos, habitando todo o mundo, sendo 20 mil espécies moradoras dos trópicos.
Pouco nos detemos na crisálida cuja representação é um tanto quanto vaga para quem não percebe a latência do processo de metamorfose. A pupa da borboleta possui um significado poético, pois há verdade contida na descrição de crisálida como sendo ninfa de borboleta. Dessa forma, podemos nos referir ao inseto adulto como ninfalídeo que, na origem grega ou mesmo latina, quer dizer ‘noiva’. Portanto, libere sua imaginação...
A complexidade de vida de uma borboleta, que inclui entre vários estágios a metamorfose, explica sua existência como a graduação da vida em forma de ciclos. A lagarta pouco atraente apenas adverte sobre a possibilidade de repugnância, mas a pupa já compreende a reorganização estrutural, finalizada pelo imago, ou seja, a forma definitiva do inseto após as suas metamorfoses, e na qual se define o sexo. Em contrapartida, na psicologia, o imago tem o significado de lembrança, fantasia, ou idealização de uma pessoa querida, formada na infância e que se conserva sem modificação na vida adulta. Isto é, traduz-se pelo ser.
De forma hipotética a etimologia da palavra borboleta, segundo Aurélio, é belbellita que corresponde a uma idéia de calcado em belo. Contudo, mesmo antes de conhecer essa definição, o senso comum compreende esse inseto como sendo uma saudável caricatura de vida em estado de transformação.
Na zoologia, dentro de uma classificação geral a espécie carrega o termo científico de lepdóptera, como um substantivo feminino da beleza que representa. Mas como substantivo masculino, é possível se referir ao inseto como glossado (devido ao formato do início do aparelho digestivo), utilizado muitas vezes como adjetivo, lembrando os lábios, a fala, a comunicação, e sendo reconhecido como a interpretação de argumento sólido.
A poesia de suas tonalidades infinitas, bem como sua simbologia já foram interpretadas sob mil faces e também cantadas de maneira inesquecível: “(...) Tudo o que eu penso é liberdade; (...) Minhas asas, minhas armas, só servem pra me defender; (...) Eu sou sua esperança; (...) Quando eu voar me proteja, sou parte da sua vida”.
A fragilidade da borboleta se perpetua na humanidade através da intensidade de seu colorido e da tenacidade de seus traços, forçando o encantamento, sugerindo a redenção do homem aos signos frutos de sua mutação. A consciência do processo de metamorfose nos redime perante a sutileza do mundo natural e nos coloca em prostração frente ao padrão elementar da existência.
O termo borboletear consolida a formação permanente dos ideais humanos, através do devaneio, da divagação ou mesmo da contemplação, decorrente da busca constante do homem pelo seu espaço no mundo; uma característica particular do redimensionamento, leia-se metamorfose, ao qual todos estamos submetidos nas telas do paraíso existencial. Divino em sua profusa infinidade, como pretende ser o mar e céu, num complemento único de azul que se desdobra para além de si mesmo.
Pouco nos detemos na crisálida cuja representação é um tanto quanto vaga para quem não percebe a latência do processo de metamorfose. A pupa da borboleta possui um significado poético, pois há verdade contida na descrição de crisálida como sendo ninfa de borboleta. Dessa forma, podemos nos referir ao inseto adulto como ninfalídeo que, na origem grega ou mesmo latina, quer dizer ‘noiva’. Portanto, libere sua imaginação...
A complexidade de vida de uma borboleta, que inclui entre vários estágios a metamorfose, explica sua existência como a graduação da vida em forma de ciclos. A lagarta pouco atraente apenas adverte sobre a possibilidade de repugnância, mas a pupa já compreende a reorganização estrutural, finalizada pelo imago, ou seja, a forma definitiva do inseto após as suas metamorfoses, e na qual se define o sexo. Em contrapartida, na psicologia, o imago tem o significado de lembrança, fantasia, ou idealização de uma pessoa querida, formada na infância e que se conserva sem modificação na vida adulta. Isto é, traduz-se pelo ser.
De forma hipotética a etimologia da palavra borboleta, segundo Aurélio, é belbellita que corresponde a uma idéia de calcado em belo. Contudo, mesmo antes de conhecer essa definição, o senso comum compreende esse inseto como sendo uma saudável caricatura de vida em estado de transformação.
Na zoologia, dentro de uma classificação geral a espécie carrega o termo científico de lepdóptera, como um substantivo feminino da beleza que representa. Mas como substantivo masculino, é possível se referir ao inseto como glossado (devido ao formato do início do aparelho digestivo), utilizado muitas vezes como adjetivo, lembrando os lábios, a fala, a comunicação, e sendo reconhecido como a interpretação de argumento sólido.
A poesia de suas tonalidades infinitas, bem como sua simbologia já foram interpretadas sob mil faces e também cantadas de maneira inesquecível: “(...) Tudo o que eu penso é liberdade; (...) Minhas asas, minhas armas, só servem pra me defender; (...) Eu sou sua esperança; (...) Quando eu voar me proteja, sou parte da sua vida”.
A fragilidade da borboleta se perpetua na humanidade através da intensidade de seu colorido e da tenacidade de seus traços, forçando o encantamento, sugerindo a redenção do homem aos signos frutos de sua mutação. A consciência do processo de metamorfose nos redime perante a sutileza do mundo natural e nos coloca em prostração frente ao padrão elementar da existência.
O termo borboletear consolida a formação permanente dos ideais humanos, através do devaneio, da divagação ou mesmo da contemplação, decorrente da busca constante do homem pelo seu espaço no mundo; uma característica particular do redimensionamento, leia-se metamorfose, ao qual todos estamos submetidos nas telas do paraíso existencial. Divino em sua profusa infinidade, como pretende ser o mar e céu, num complemento único de azul que se desdobra para além de si mesmo.
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