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Publicado: Sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Bem acima da inflação

Crédito: Divulgação Bem acima da inflação
Porque, na praia, anda se vendendo de tudo

Faz tempo que não faço meu dever de casa como turista. Tempo curto, grana curta, autônomo, viagens somente se bem programadas. Apenas uma semaninha em casa, a última do ano de 2011, onde me dei ao luxo de baixar na praia e, à noite, curtir uma Vtirolada, no Torto, de cabo à rabo, sempre na boa companhia dos DJs Wagner Parra e Stéfanis Caiaffo, na noite onde o editor do caderno Galeria do jornal local A Tribuna foi o DJ Acidental.

Pois é... E ficou nisso! Em geral, santista com carteira meia-boca igual a minha, quando viaja, é para as montanhas (aquele lance do contraste com o mar). Nessa época do ano, escolhe entre Serra Negra e Campos do Jordão. Pode parecer estranho, mas o santista sai de sua cidade e parte para lá.

Ultimamente, tem Atibaia como um dos destinos mais descolados do momento (influência da Capital). São nessas três cidades que o santista vira turista. E acaba descobrindo como anda caro ser um.

Quem porventura se pirulitar da região das cidades que compõem a grande Campinas, a região metropolitana, e baixar no Guarujá por exemplo, encontrará certas aberrações na faixa de areia e adjacências. A caipirinha teve uma variação de preço entre o verão de 2011 e o verão de 2012 de 63%. Nem preciso dizer que é bem acima da média da inflação.

Hotel, sorvete, cerveja e sandálias femininas são os itens que mais arderão no bolso do desavisado turista que baixar nesse trecho de litoral paulista. Não é exclusividade nossa: em Salvador (BA), a água de côco teve uma majoração de 50% a mais se comparada ao ano passado. E isso porque nem chegamos no carnaval ainda...

Como Santos, São Vicente e Praia Grande são extremamente urbanas, ainda há a possibilidade de encontrar alternativas bem mais em conta, especialmente se o turista está a fim de um bom isopor com gelo e de economizar. O supermercado de bairro dessas cidades oferecem preços e promoções que são extremamente tentadoras.

Dois coelhos numa cajadada só: o turista faz economia e conhece essas cidades de verdade, as nuances e complexidades do lugar onde vem passar o verão.

Caso contrário, o IBGE já mostrou que os produtos praieiros, quando o sol esquenta, sobem de preço numa velocidade maior do que a temperatura.

Ainda fico com a sensação de que o turista pode se proteger dos preços altos da mesma forma que se protege dos raios nocivos do sol. Protetor solar e uma visita ao comércio fora da região turística das cidades litorâneas podem fazer um bem danado para a saúde.

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