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Publicado: Segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Atividade Física x Qualidade de Vida

Crédito: Banco de Imagem Atividade Física x Qualidade de Vida
Condicionamento Físico x Sistema Osteomuscular
Ao nascer, o homem, ser bípede, adquire uma arquitetura que direciona no sentido de possuir agilidade, força, alavancas, mobilidade e balanço contra a constante ação da gravidade.
 
Quando essa biomecânica normal é mudada, alterações ocorrem por causa da intrincada inter-relação de nossos sistemas estruturais e funcionais.
 
A adaptação ao estresse depende de forças controladoras e coordenadoras existentes no interior do organismo.
 
Assim como a totalidade dos ossos forma o sistema esquelético, o osso individualmente pode ser considerado um órgão e uma ferramenta altamente complexa. Os ossos vão se tornando cada vez mais duros e quebradiços à medida que a idade avança, porque há uma maior proporção de minerais e uma menor atividade das células que produzem osso (osteócitos).
 
Este ato, provavelmente, não está diretamente ligado ao envelhecimento em si, mas resulta da falta de exercício que afeta o processo de remodelação.
 
À medida que a idade ou a inatividade aumenta, a proporção (não a quantidade) de cálcio embebido na matriz (substância composta por tecido colágeno e proteína) gradualmente aumenta e desloca água. Isto conduz à fragilidade óssea e conseqüente fratura. A perda de massa óssea dentro de certos limites é normal (fisiológica). Quando esta perda atinge um nível bastante alto, estamos frente ao que se denomina osteoporose, havendo neste caso uma tendência anormal para o osso de fraturar (ocorre em ossos com uma grande quantidade de um tipo de tecido ósseo denominado esponjoso ou trabecular), tais como a parte distal do rádio (punho) e nas vértebras (coluna).
 
Iniciar uma atividade física pode representar um risco, por isso, antes de começar a caminhar, correr ou jogar tênis, por exemplo, é bom procurar orientação médica e de profissionais especializados no preparo de atletas e desportistas. Lembrar sempre que o aquecimento e os alongamentos são muito importantes em qualquer atividade física onde haja algum grau de sobrecarga, seja óssea ou muscular.
 
A partir dos 30 anos, o homem vai perdendo aproximadamente 1% da força muscular a cada ano. A recuperação dessa perda pode ser feita com trabalhos de resistência muscular localizada. Se o idoso, mesmo depois dos 60-70 anos tem boa saúde cardiovascular, não há contra-indicação para esse tipo de exercício, desde que feito com critério e supervisão. Se associado a exercício aeróbico do tipo caminhada, corrida, natação, o ganho no desempenho muscular e na postura é ainda maior. É no tecido muscular que os aeróbicos apresentam seus efeitos mais importantes: aumento da rede vascular, maior eficiência do trabalho dos músculos, aumento de até 80% na concentração de mioglobina (uma proteína muscular ) e melhora da coordenação neuromuscular.
 
Correr gasta mais calorias do que caminhar porque exige mais das fibras musculares envolvidas na progressão. Para pessoas sedentárias, porém, iniciar atividades com corrida pode representar risco aumentado de lesões. A caminhada pode ser adotada por pessoas que apresentam doenças incompatíveis com a corrida.
 
Condicionamento Físico x Coração
Nas últimas décadas a prática regular de atividade físico tem sido estimulada entre pessoas saudáveis e pacientes cardiopatas.
 
A inatividade física é reconhecidamente um dos mais importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares.
 
Um número crescente de evidências demonstra, com algumas controvérsias, que a inatividade física e os maus hábitos de vida, como alimentação inadequada, tabagismo, estresse emocional e consumo excessivo de álcool podem alterar a capacidade funcional do nosso organismo. Assim, distúrbios como a doença arterial coronariana, hipertensão arterial, obesidade, ansiedade, depressão, sedentarismo e problemas de coluna têm sido relacionados com estilo de vida. Estudos prospectivos sugerem que existe uma relação direta entre o nível de atividade física e os índices de complicações e de mortalidade cardiovascular em pessoas sintomáticas.
 
Estudos de década de 70 com ex-alunos de Harvard, num período de 6 a 10 anos, mostrou que o risco de doenças isquêmicas foi maior no grupo inativo.
 
Mais recentemente, 10.224 homens e 3.120 mulheres foram seguidos por 8 anos e os autores observaram que os indivíduos com menor capacidade funcional ao ingressar no estudo apresentaram mortalidade subseqüente maior.
 
Portanto, os estudos realizados no final da década de 80 sugerem que os programas de reabilitação cardiológica podem exercer um papel benéfico na redução de eventos, pois parece haver diminuição na mortalidade cardiovascular global. Mas, para que os benefícios da prática de exercícios sejam otimizados e os riscos diminuídos, recomenda-se avaliação medica cardiológica prévia ao início da programação. Ressaltamos que além do benefício fisiológico, a atividade física regular melhora a auto-estima e a vontade de viver do cardiopata.
 
Condicionamento Físico x Sistema Vascular
A circulação pode ser dividida em três componentes distintos: o sistema arterial, que leva o sangue do coração para o restante do corpo; o venoso que traz de volta o sangue dos órgãos para coração e o linfático, que transporta uma mistura de plasma e proteínas conhecida como linfa, e que também é um sistema de retorno, auxiliando o sistema venoso.
 
Em todos esses sistemas atividade física tem um papel básico nas condições de funcionamento. A arteriosclerose (ou arteriosclerose), que consiste na deposiç&at
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