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Publicado: Quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Até Que A Sorte Nos Separe 2

Até Que A Sorte Nos Separe 2
O humorista Leandro Hassum destoa do resto do elenco

Na falta de ingressos para Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal, resolvi dar uma chance para a comédia brasileira Até Que A Sorte Nos Separe 2 (confiras os horários aqui). Digo dar uma chance porque não havia visto o primeiro filme da série, mas sabia que foi uma catástrofe – ao menos na questão de qualidade, pois foi um sucesso de bilheteria.

Leandro Hassum é a única coisa que salva no filme. Na verdade, todo o filme é justificado para que ele faça suas piadas e bobeiras. Na pele do atrapalhado Tino, ele consegue arrancar boas gargalhadas até dos mais críticos como eu. Mas é só isso mesmo. Até Que A Sorte Nos Separe 2 não tem mais nenhum atrativo.

O lutador de MMA Anderson Silva faz uma desnecessária e injustificada participação “especial” no filme, o que causa constrangedores minutos de vergonha alheia. Tudo bem, o cara não é ator, mas o que se viu na tela foi completo amadorismo. O texto que deram pra ele também não ajudou e a plateia não riu em suas aparições.

Outra participação desnecessária foi a de Jerry Lewis, grande comediante americano que faz uma ponta no filme. Primeiro que grande parte do público que viu o filme sequer sabe quem é Jerry Lewis. Segundo que a esquete que ele participou foi bem fraquinha – e a aparição no final do filme, bem sem sentido.

Bom, vou reconsiderar: Leandro Hassum não é o único que se salva no filme. Charles Paraventi, que faz um mafioso mexicano, também está bem. Mas o resto do elenco de apoio é um desastre: os filhos de Tino são somente alegóricos, a esposa dele (interpretada por Camila Morgado) não faz rir e até a personagem da experiente Berta Loran é deprimente.

Até Que A Sorte Nos Separe 2 tem mais uma falha gravíssima para filmes desse naipe: não faz rir em determinados momentos. Comédias pastelão, repleta de personagens caricatos, TEM de fazer rir. É obrigação. No começo, elas surgem normalmente. As tiradas do caricato Tino são boas. Mas depois somem. Culpa do roteiro falho e do diretor ruim...

Considerações finais: se você não é tão crítico como eu, gostou do primeiro filme e quer dar algumas boas risadas com as piadas e trapalhadas de Hassum, Até Que A Sorte Nos Separe 2 é uma boa pedida. Se não, veja em casa uma comédia realmente boa – como as de Jerry Lewis...

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