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Publicado: Segunda-feira, 9 de abril de 2012

As últimas do IPCA e INPC e análise setorial

As últimas do IPCA e INPC e análise setorial

Segundo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de março apresentou variação de 0,21%, bem abaixo da taxa de 0,45% registrada no mês de fevereiro. Com o resultado de março, o primeiro trimestre do ano fechou em 1,22%, abaixo da taxa de 2,44% relativa a igual período de 2011. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,24%, inferior aos doze meses imediatamente anteriores (5,85%). Em março de 2011, a taxa havia ficado em 0,79%.

O IPCA de março, com resultado de 0,21% é 0,24 ponto percentual menor e representa 46% do IPCA de 0,45% de fevereiro, ou seja, menos da metade do índice daquele mês. Esta forte redução se deve ao grupo educação, que, concentrando 5,62% em fevereiro, exerceu impacto de 0,25 ponto percentual, enquanto em março, com variação de 0,54%, impactou, apenas, 0,02 ponto percentual.

Mas não foi só o grupo educação que contribuiu para a redução do índice de um mês para o outro. À exceção dos grupos alimentação e bebidas (de 0,19% para 0,25%) e transportes (de -0,33% para 0,16%), os demais apresentaram resultados inferiores aos registrados no mês anterior.

Nas despesas pessoais (de 0,88% para 0,55%), o item empregado doméstico mostrou alta mais moderada ao passar da taxa de 1,78%, em fevereiro, para 1,38%, em março. Mesmo assim, deteve o principal impacto no mês, com 0,05 ponto percentual.

Nas despesas com habitação (de 0,60% para 0,48%), o que influenciou o resultado, pela significativa redução na taxa de crescimento, foram os valores dos aluguéis, baixando de 1,19%, em fevereiro, para 0,45%, em março. Além disso, subiram menos os valores do condomínio(de 0,68% para 0,48%) e do botijão de gás (de 0,72% para 0,41%).

Em saúde e cuidados pessoais (de 0,70% para 0,38%), os itens que exerceram influência para baixo foram os remédios, cuja variação foi reduzida de 0,57% para 0,02%, e o item higiene pessoal, que passou de 0,89% para 0,34%.

Os artigos de vestuário - entre os três grupos de produtos e serviços que apresentaram sinal negativo no mês de março - mostraram a queda mais expressiva, passando de -0,23% para -0,61%. Nos artigos de residência, que foram de 0,06% para -0,40%, os destaques foram os eletrodomésticos (de -0,38% para -1,50%) e artigos de TV, som e informática (de -1,73% para -1,59%). Em comunicação, que passou de -0,17% para -0,36%, a influência foi exercida pelo telefone fixo (de -0,52% para -1,07%).

Com resultados acima dos registrados no mês anterior, ficaram apenas dois grupos: transportes (de -0,33% para 0,16%) e alimentação e bebidas (de 0,19% para 0,25%). Sobressaíram, em transportes, as passagens aéreas (de -8,84% para 1,34%) e os combustíveis (de -0,83% para 0,44%). O agrupamento dos não alimentícios passou de 0,53%, em fevereiro, para 0,20%, em março.

No grupo alimentação e bebidas, foram os alimentos de consumo no domicílio que exerceram pressão de alta, ao passarem de -0,03% para 0,21%. Os principais itens com aumento de preços, no mês, estão relacionados na tabela a seguir.

Quanto aos alimentos consumidos fora do domicílio, subiram menos, passando de 0,59% para 0,31%, entre fevereiro e março.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Fortaleza (0,81%) que, influenciado pelo grupo educação (6,27%), refletiu o reajuste das mensalidades dos cursos regulares (9,71%), apropriados em março. O menor índice foi o do Rio de Janeiro (-0,05%), refletindo, basicamente, a queda de 3,22% no item empregado doméstico.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 1º a 28 de março de 2012 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de janeiro a 29 de fevereiro de 2012 (base).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,18%, em março, 0,21 ponto percentual abaixo do resultado de 0,39% de fevereiro. Com isto, o primeiro trimestre do ano fechou em 1,08%, abaixo da taxa de 2,16% relativa a igual período de 2011. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 4,97%, abaixo dos doze meses imediatamente anteriores (5,47%). Em março de 2011, o INPC havia ficado em 0,66%.

Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,25% em março, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,15%. Em fevereiro, os resultados ficaram em 0,21% e 0,47%, respectivamente.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 1º a 28 de março de 2012 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de janeiro a 29 de fevereiro de 2012 (base).

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Fortaleza (0,63%) que, influenciado pelo grupo educação (5,15%), refletiu o reajuste das mensalidades dos cursos regulares (9,95%), apropriados em março. O menor foi o de São Paulo (-0,06%), onde os alimentos não apresentaram variação, além de queda no grupo dos transportes (-0,24%).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 1º a 28 de março de 2012 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de janeiro a 29 de fevereiro de 2012 (base).

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