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Publicado: Segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ao Redor do Inexorável Tempo

Obrigado Amaury, pelos teus versos
A dizer-nos tanto, da história e sentimento
Que acompanharam sempre nossos passos,
Desde a tenra meninice e do fermento
a alimentarem sonhos e percalços
Em vidas norteadas, não apenas ao relento,
Mas também pela Graça e no momento
Em que a inspiração de Deus nos deu alento
 
Dizes ainda como salmo e bálsamo,
um tanto fatalista e muito sábio:
“há que aprender a Paz das tartarugas
Que guardam na areia o seu futuro”
e voltam “tranqüilas para o mar”,
Nessa subtil poética expressão e transcendência, às inapeláveis e visíveis rugas,
Que anos acomodam e serenamente ensinam sábia paciência e conformado esperar,
a enfrentar intempéries, bravias ondas de mar encapelado, violentas rusgas
que atormentam, constrangem, quantos intentam “Bojador” passar,
redentoramente é que levaram “Pessoa”, o príncipe das letras, a lobrigar
iluminadamente: “quem quiser ali ultrapassar, tem que além da dor atravessar ! . . .”
 
Não há por que temer “inverno prematuro”,
Sigamos ousados, visionários, pioneiros,
Sonhemos sonhos de verão, já veteranos. . .
Sem jamais deixá-los perecer ! .. .
 
E, se acaso, a mente já cansada,
Nos faz datas importantes olvidar,
por mais que o despontar de Outono
seja também esperançosamente, algo que começa,
Lembro como tu,  sinto acalmar-me o calendário:
Dezembro primeiro. Sagitário .
Preguiça bem longe o frio . . . Ainda é primavera!
 
 
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