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Publicado: Quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Anúncio da chegada de Jesus

 

Primeiro domingo, dia 4, do novel ano de 2009.
 
Embora do conhecimento geral, faz-se lembrar no entanto que o ano litúrgico – que não coincide com o ano civil – começou já no final de novembro.
 
Outra particularidade é a de que a liturgia católica prevê textos próprios, repetidos trienalmente. Fechou-se o ano A, de 2008, em que predominaram os evangelhos segundo São Mateus.
 
Neste ano de 2009, portanto, vive-se o Ano B, consagrado aos textos de autoria de Marcos e, finalmente, em 2010, entra-se no Ano C, reservado a Lucas.
 
Essas atribuições, porém, em muitas datas e festas, não são rígidas e pontificam nelas outros evangelistas, como ocorre agora por exemplo, para 4 de janeiro, um evangelho, mas no dizer de Mateus. É a festa da Epifania do Senhor.
 
Freqüentemente, também comparecem evangelhos avulsos, segundo São João, este, não contemplado prioritariamente em nenhum dos três anos fixados pela liturgia.
 
Assim proclama, pois, o evangelho (Mt. 2, 1-12), estabelecido nesta comemoração da Epifania do Senhor:
 
“” Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando:
 
“Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adora-lo”.
 
Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém. Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer.
 
Eles responderam:
 
“Em Belém, na Judéia, pois assim foi escrito pelo profeta:
 
“ E, tu Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo”.
 
Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. Depois os enviou a Belém, dizendo:
 
“Ide e procurai informações obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me para que também eu vá adorá-lo”.
 
Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho. “”
 
Com a festa da Epifania do Senhor, mostra o texto sagrado que Deus anunciou, neste passo e na visita dos magos, a vinda de seu filho, Jesus, à terra e aos homens.
 
A maneira pobre e despojada a caminho de Belém, o nascimento numa condição de pobreza extrema, porque para o criador do mundo não havia lugar, lotadas as hospedarias, demonstra logo que não viera em meio a pompas e sim com finalidade outra.
 
Mas, a despeito de toda essa adversidade, mesmo assim o mundo logo soube da sua chegada.
 
A notícia foi bater justamente no palácio do rei. Este, em verdade, sem o perceber e querer, deu testemunho de que acreditara, porque logo cuidou de tentar achar e matar o recém-nascido, com receio de que outro rei lhe tomasse o lugar.
 
Preocupação inútil e desnecessária de Herodes, porque como se acabou de explicar aqui, Jesus não viera para ser um rei de honrarias vãs.
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