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Publicado: Segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Amor e Família

No sentido de colaborar modestamente na restauração dos valores cristãos, cada vez mais postergados na vida nova de cada dia, vamos tecer alguns breves comentários sobre o polêmico tema do amor. Vou me socorrer de citação do livro Educação Sexual, do conceituado Padre Álvaro Negromonte (adquiri em junho de 1946), que diz textualmente:

"a própria natureza nos diz para que existe o instinto:- e nós queremos que esta natureza seja respeitada. Diversamente nos dois sexos, o instinto clama pela reprodução da espécie , e ela deve naturalmente, orientar a questão. Fora disso, a função é anti-natural e a natureza mesma condena a emoção sexual fora dos meios naturais da procriação. É a natureza humana que exige não uma procriação qualquer, porém um procriação que garanta a manutenção e a educação conveniente do filho. Ora, isto não se consegue nas uniões causais nem temporais, mas numa união indissolúvel e monogâmica.” (pg.19).

Torna-se claro, então, que o amor é relacionado com a família. Aí se encontram os verdadeiros amores: o amor de pai, o amor de mãe, o amor dos esposos, o amor dos filhos. Nota-se que a espalhada elocução “fazer amor” tem alguma lógica em seu sentido, mas é com frequência utilizada sem ser esclarecida em todas  as suas implicações ou conotações.

Não pretendo rebater os adversários e seus pontos de vista contrários porque seria perder muito tempo chafurdando na “lama higienizada” de  elucubrações “não anacrônicas” e modernizadas. Vamos seguir a linha de pensamento inicial que é sustentada pré e pós a implantação do Cristianismo no ano I da História. A união dos esposos pelo casamento dá início ao amor na família.

O sexo se encontra implícito nessa união, mas é verdade que além da atração física dos nubentes, subjetivamente já desponta o amor de cuidar um do outro, de se contribuir para a recíproca felicidade. A real materialização desse amor vem à tona com o surgimento dos filhos, de maneira que, a medida que surgem mais filhos, pode-se afirmar que o amor se concretiza ainda mais.

Com o passar dos anos, os filhos adultos, passando pelo mesmo processo de evolução amorosa, nos brindarão com netos e assim sucessivamente. Está aí o entrelaçamento do amor com a família. Aproveitando a chance da reflexão podemos muito de leve entender o amor de Deus para conosco, seus filhos e com toda a Humanidade habitada com bilhões de seres, todos irmãos pela origem divina.

Descaracterizar a família, fazendo predominar o individualismo na absoluta busca do prazer, elevado a escopo final da vida humana representa, induvidosamente, cheque mate ao verdadeiro amor. Extirpado o amor, um dos valores fundamentais da vida, como infelizmente acontece em grande escala nos dias atuais, pode-se começar a entender porque o mundo das drogas e da violência cresce e nos atemoriza assustadoramente.    

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