Ainda é tempo...
12º. DOMINGO – TEMPO COMUM
Junho, 22, 2014 - Liturgia do Ano “A”
Evangelho segundo Mateus (10.26-33)
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“” Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos:
“Não tenhais medo dos homens, pois nada há de encoberto que não seja revelado e nada há de escondido que não seja conhecido.
O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados!
Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno!
Não se vendem dois pardais, por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. Quanto a vós, até os cabelos da vossa cabeça estão contados.
Não tenhais medo!
Vós valeis mais do que muitos pardais.
Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante de meu Pai que está nos céus.
Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante do meu Pai que está nos céus”. “”
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Prova cabal e acabada da insegurança dos homens é o viver temeroso por injunção alheia dos mais bem postos ou mais fortes, social, econômica ou fisicamente.
Aos olhos do mundo, a diferenciação forçada entre pessoas – seres humanos, portanto – segue a regra da imposição.
Numa alusão singela mas direta, seria reconhecer que quem tem mais, pode mais.
É a partir dessa realidade que os menos favorecidos ou os tímidos se encolhem e sofrem.
Não obstante não se há de pregar a revolta como remédio e muito menos sentimentos de rancor, vingança e desordem.
Calma.
Eis aí o atestado e a declaração pública de Jesus contra o medo!
Todos são importantes e preciosos aos olhos de Deus!
É bem por isso que a na oração perfeita não deve haver queixa nominal perante Deus contra pessoas que não lhe sejam agradáveis, tidas como inimigas até! Não. Não é esse o caminho, até porque não se há de esquecer o quanto Deus ama a todos.
Os eventualmente desencaminhados são objeto da preocupação de Deus.
Assim, não se tome o texto deste evangelho como uma ameaça do Mestre pelo viés do mero revide.
Deus ama a todos e os quer igualmente a todos perto de si. Entretanto, premia a liberdade dos que convida a segui-lo, porque fosse o Criador simplesmente aplicar corretivos aos que erram, não teria seguidores seus, mas escravos.
Deus ama, sem jamais impor-se pela coerção.
Não se furta tampouco de advertir para que todos saiam do erro, enquanto houver tempo.
João Paulo