Publicado: Domingo, 14 de abril de 2019
Agravada Ofensa
Agravada Ofensa
Tempos difíceis, quase incorrigíveis,
Num sem se importar, eis humilhação
Às suas ilhargas – estranho ou irmão –,
Exacerbados egos, desprezíveis.
Pensamentos, outrora inconcebíveis,
Se fazem normais com extroversão:
Fala bizarra e achincalhação,
Em turbas caminhamos, insensíveis.
Farta de si, doentia opulência,
Que enxerga o cisco e se esquece da trave,
Só faz agravar a maledicência.
E o nu, padecedor dessa demência,
No justo embate que o livre e destrave,
Mudo, clama – e reclama – clemência!
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