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Publicado: Quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Acorda Brasil

Enquanto a imprensa, o quarto poder, está preocupada em divulgar brigas entre crianças e adolescentes com a clara intenção de transformá-las em monstros responsáveis pela má qualidade do ensino, nossas crianças morrem dentro da escola ou por falha e falta dela.

Para livrar a cara das autoridades de educação e da corporação dos professores, a imprensa cai no ridículo ao mostrar brigas entre alunos como algo fora do comum, hediondo e nefasto.

A noticia do Paraná, onde mostra o caso do caseiro que matava alunos e os enterrava no pátio da escola, é mesmo apenas a ponta desse tenebroso ICEBERG de violência de toda ordem que o aluno sofre.

Milhares de adolescentes desaparecem e a escola é acima de quaisquer suspeitas.

Não nos cansamos de denunciar que escola pública se tornou situação de risco para alunos.

Morte é o pior que pode acontecer, mas pode acontecer outras coisas terríveis com alunos dentro da escola sem que ninguém se preocupe em investigar, mesmo que os pais denunciem ou suspeitem.

O caso é bem típico. Os pais denunciam para a direção da escola que se faz de surda.

As Diretorias de Ensino sempre acreditam no que as diretoras dizem e fica por isso mesmo. Uma denúncia de pai de aluno não vale nada em nenhuma instância.

Em Fernandópolis um Juiz da Vara de Infância e Juventude, declarou para o G1, site da Globo, que ele não ouve alunos. Que professor tem poder de polícia e a palavra dele vale e de aluno não vale nada…

Essa campanha fortíssima da imprensa contra pais e alunos de escola pública é que leva a escola a bancarrota. O país vai junto. A qualidade de vida do brasileiro por água abaixo.

Se os pais fossem ouvidos, se os alunos tivessem vez e voz, se tivesse uma instância desatrelada da corporação onde o mau professor pudesse ser punido…

Não punindo o mau professor, não fiscalizando a escola, estamos sendo injustos com o Brasil, com os pais e alunos e até com o educador sério e capacitado.

Hora de acordar.

Enquanto há tempo...

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