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Publicado: Segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Aborto: Não Seja Ignorante

Crédito: Internet Aborto: Não Seja Ignorante
Muitos defendem o aborto, mas ignoram o que seja realmente.

De acordo com os dicionários "ignorante" é a pessoa que desconhece a existência de algo ou que não está a par de alguma coisa. Segundo o pedagogo Amos Bronson Alcott "a enfermidade do ignorante é ignorar a própria ignorância".

Assim é que o Brasil, por causa do sistema de ensino público completamente sucateado há décadas, é hoje uma nação de ignorantes no sentido de que muita gente fala sobre muita coisa sem saber do que realmente se trata.

De tempos em tempos o lobby pró-aborto, a favor da cultura da morte que torna o ser humano descartável, reapresenta suas absurdas teorias à população. A grande maioria refuta qualquer idéia abortista. O brasileiro pode ter deficiência no ensino público, mas não é um povo deficiente em caráter. Sabe o valor de uma vida. Sabe respeitar o primeiro direito do ser humano.

Já uma outra banda, formada por um número até razoável de pessoas, simplesmente repete o que escuta a respeito do aborto. Não se debruça sobre os dados apresentados. Não estuda o assunto. Não entra de fato no problema. Não enxerga as entrelinhas. Fazem-se, assim, ignorantes: desconhecem ou não estão a par de todos os fatores envolvidos na questão.

Ignoram a falsidade dos números inflados sobre o aborto no Brasil. Basta conferir no DATASUS que o número de mortes anuais por aborto ilegal não chega a cincoenta. Em 2012, por exemplo, foram registradas 69 mortes por aborto: 13 espontâneos, 11 de "outros tipos", 40 por razões "não especificadas" e apenas 5 por "falhas durante o procedimento". Procurando no Youtube o título "Em 45 segundos - Números oficiais (2014) da mortalidade de mulheres por aborto provocado", você consegue verificar essas informações atualizadas de acordo com os dados do próprio Governo Federal.

Ignoram, também, que o número de abortos ilegais não é conseqüência das leis vigentes e que buscam restringir a prática abortista. Após ser dominada pelos comunistas, a Rússia liberou o aborto a partir de 1920. Porém, logo depois precisou voltar atrás porque a situação saiu de controle. A idéia de controlar a natalidade do país permitindo abortos foi retomada na década de 1960. Mas novamente, agora em 2013, os governantes russos viram-se obrigados a restringir as leis abortistas porque o número de abortos passou a ser maior do que o de nascimentos (Folha de S. Paulo, 25/11/13).

Ignoram ainda que no Brasil temos muitos abortos porque nossas crianças e jovens são estimuladas muito precocemente à prática sexual. A infância é encurtada, a erotização infantil é posta em prática com muita sutileza. Jovens despreparados enfrentam então os inúmeros casos de gravidez indesejada e o lobby abortista oferece o aborto como solução. Hipócritas da engenharia sócio-comportamental, estimulam o "mal" para depois vender um falso "remédio".

Ignoram que no documentário "O Grito Silencioso" (que você também encontra no Youtube), o médico Bernard Nathanson, antes conhecido como "o rei do aborto" nos EUA, declarou após arrepender-se de suas práticas abortistas: "Em 1968 dizíamos que nos EUA se praticavam um milhão de abortos clandestinos, quando sabíamos que não passavam de 100 mil. Mas esse número não servia para a nossa propaganda. Também repetíamos que as mortes maternas por aborto clandestino se aproximavam de 10 mil, quando sabíamos que era apenas cerca de duzentas. Mas esse número era muito pequeno para a nossa propaganda. Essa tática do engano e da grande mentira que se repete constantemente acaba sendo aceita como verdade".

Ignoram, finalmente, que a tática do aborto flerta de perto com a eugenia tão apreciada pelos nazistas. O argumento infeliz de que as leis contrárias ao aborto prejudicam as mulheres mais pobres e principalmente as negras, são na verdade um pretexto para matar ainda no ninho os filhos dessa camada da população. É como se à mulher negra e pobre fosse negado o direito de procriar. Margaret Sanger, fundadora da IPPF (Federação Internacional de Paternidade Planejada) sempre afirmava: "Nós queremos exterminar a população negra". O resultado? Atualmente, nos EUA, 40% das mulheres negras grávidas interrompem a gestação com abortos. São 40% menos negros nascidos em solo norte-americano a cada ano.

Para quem não deseja permanecer na ignorância sobre o assunto, vale ainda indicar o documentário "Blood Money", também facilmente encontrado no Youtube. Nele há vários depoimentos de mulheres que se submeteram a abortos e que ainda hoje sofrem com as seqüelas físicas e psicológicas desse verdadeiro atentado à vida e à dignidade humana.

Como é fácil perceber, precisamos sim falar sobre o aborto. Mas devemos falar a verdade e deixar de acreditar na ladainha do lobby pró-morte. É urgente sair da ignorância e enxergar os interesses que existem de fato na questão macabra da morte de crianças inocentes no ventre das próprias mães.

Amém.

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