A violência nos presídios, a escola pública...
A violência nos presídios, a escola pública, a imprensa e a criança desesperança
Uma imprensa livre é o maior bem e a alavanca de ouro para um país livre. Uma imprensa soberana que aflija os confortáveis e conforte os aflitos. Temos exatamente o contrário. Nossa grande imprensa parece engessada num sono letárgico passando para o povo o pesadelo da desesperança e do equivoco.
Se educação é a única saída, na medida que a imprensa ignora as escolas públicas fechando turnos e salas, às vezes são escolas inteiras fechadas, desativam escolas e o povo pede que se abram cadeias, que tenhamos mais vagas em presidios.
A imprensa que era chamada imprensa “marron” tomou conta de nossas casas numa imprensa carniça que odeia criança e adolescente, falam mal da nossa Lei e eles mesmos violam a lei sistematicamente. Fazem pobre odiar pobre, pedem pena de morte, pedem mais cadeia, penas severas, morte lenta e dolorosa para preso pobre. Apresentam suspeitos na delegacia, e os escracham ignorando que a Lei diz que eles têm direito a defesa e de só se manifestar na frente do juiz. Pedem e sugerem constantemente que eles sejam torturados na cadeia. São a favor da violência policial que mostram elogiando.
Essa tal imprensa marron identificada pela Revista Forum na material "Prisões desumanas são exigência de uma sociedade insuflada pela mídia” - uma matéria fantástica. Fala especificamente do Marcelo Rezende e do Datena.
O problema é que se poderia ignorar a Rederecord de TV e a Band quando elas apresentassem programa carniça, mas tem a Globo. A poderosa Globo que se não tem programa como a Record e a Band, ela repassa notícia enganosa e se omite. Tão ruim quando a Record e a Band.
Semana passada a Globo mostra a Escola Estadual Emidio de Barros em São Paulo com milhares de pais desesperados a procura de uma vaga. Uma vergonha, que se fosse em outro país poderia até derrubar o Secretário de Educação. Só que a Globo aceitou a desculpa de que era problema do sistema, a internet deu problema e os pais ficaram sem atendimento. O problema da falta de vagas ignorado.
Semana seguinte mostra a Bahia, com pais dormindo na fila por dias, e a desculpa é que era uma escola excelente. Ora se pagamos o mais alto imposto do mundo não seria para que todas escolas fossem de excelência ? A Professora Ruth Cardoso falava em alto e bom som que temos verba suficiente para uma escola pública de primeiro mundo. Temos verba, e não acredito na excelência dessa escola da Bahia, o que temos é escola menos pior mas excludente.
Na medida que a nossa imprensa, o quarto poder, ignora que a violência tem ligação direta com a falta de escola, temos no Brasil a CRIANÇA DESESPERANÇA.