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Publicado: Sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A vida é bela

Oitavo Domingo do Tempo Comum.
27 de fevereiro. 2011.
Contempla-se então o evangelho de Mateus, agora no seu
capítulo 6, versículos de 24 a 34.
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Desta vez, excepcionalmente, pede-se aos amáveis leitores que por gentileza se reportem ao texto nos seus orginais, eis que não vai aqui transcrito o evangelho de Mateus, tal como habitualmente acontece. Entretanto, afiança o comentarista que a leitura dele é imprescindível para o aproveitamento dos comentários, não obstante a singeleza e a simplicidade do teor deles. Valha sempre aqui a intenção e os esforço deste seu colaborador.
 
Feita entao a leitura do evangelho, detidamente, tem-se a dizer que já as suas palavras iniciais - "Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro" - permitem transferir o pensamento para a citação primeira das bem aventuranças, lá do capítulo 5: "Bem aventurados os pobres em espírito porque deles é o reino dos céus".
 
É sinal de que, nas bem aventuranças, o foco principal são exatamente os pobres de verdade, os destituídos de bens e dinheiro. Afigura-se por demais improvável encontrar esse personagem, o do abastado e, ao mesmo tempo, desapegado... Hão de contar-se, estes, nos dedos...
 
Esta lembrança primeira assomou à mente de forma espontânea e sem aviso, de passagem apenas. Faz pensar, contudo...
 
Já a tônica dos onze versículos do evangelho de hoje, no capítulo 6, prende-se a que não há de preocupar-se o homem a correr atordoado atrás somente do conforto, inclusive muitas vezes em questões secundárias, como a da vestimenta de todos os dias.
 
Convida muito mais a um reexame sobre a situação, os cuidados e as preferências que se buscam.
 
Clássica a figura dos pássaros que não semeiam nem ajuntam e mesmo assim o alimento não lhes falta.
 
Bem, a esta altura, surge a pergunta inevitável: Pede a mensagem de hoje que se cruzem os braços e se deixe a vida correr?
 
Por demais simplória tal conclusão.
 
O enfoque central se situa no convite a que as pessoas não se preocupem em demasia com as coisas banais e corriqueiras. Isto porque, assim, as coisas do alto ficam em esquecimento, por causa de uma hierarquização mal feita dos valores reais, em que predominam os do espírito.
 
Quantas vezes nao se ouviu pelos poetas, escritores, músicos e até pelas próprias escrituras, que a vida é bela? E é efetivamente.
 
Antes porém, para o perfeito fruir de todos os encantos da vida, urge estabelecer as prioridades que conduzam a Deus.
 
                                                                                                                                                                                         João Paulo
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