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Publicado: Segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A última primeira vez: perguntinha difícil....

A última primeira vez: perguntinha difícil....
Tudo começou com um outdoor que chamava atenção com a pergunta: “qual foi a ultima vez que você fez uma coisa pela primeira vez?” – essa brincadeirinha gerou uma pesquisa com 258 participantes, muitos deles, via o www.itu.com.br.
 
O objetivo era fazer as pessoas pensarem no quanto estão inseridas dentro da sua própria rotina , que ocupa em média cientifica, 80 % do nosso esforço intelectual. O grande problema é que ela também induz a limitação do cérebro, o que nos torna passivos numa zona de conforto pouco criativa e inteligente.
 
Não, isso não é um movimento revolucionário contra as opções individuais de cada um, mas sim um exercício super saudável sobre como combater a preguiça, o comodismo, a falta de informação e inovação... Consequentemente, algumas doenças geradas nesse epicentro...  
 
Se você nunca ouviu falar, existe uma modalidade de ginástica para os “músculos” do cérebro chamada neuróbica, criada por Lawrence Katz & Manning Rubin, na beira da virada do cérebro. Ela é utilizada para combater doenças cognitivas como Alzheimer, perda de memória, depressão entre outras. Consiste basicamente em mudar pequenos hábitos, combinando diferentemente os sentidos por eles despertados. Vale tudo: Use o relógio de pulso no braço direito; Escove os dentes com a mão contrária da de costume; Ande pela casa de trás para frente; Vista-se de olhos fechados; Estimule o paladar, coma coisas diferentes; Veja fotos de cabeça para baixo; Veja as horas num espelho; Faça um novo caminho para ir ao trabalho; Troque o mouse de lado; etc etc
 
O importante é inovar, sair da comodidade rotineira que acomoda e adoece .
Muito interessante foi observar entre os participantes de nossa pesquisa que cerca de 34 % não se lembravam há quanto tempo tinham feito uma coisa nova ou isso tinha sido há muito, muito tempo atrás. Isso faz com que uma reflexão incômoda nos remeta ao comodismo tolo que absorvemos no dia a dia, por conta do tempo curto ou da falta de novidades! Nem ao menos nos arriscamos a tentar!!!
 
Outros participantes se lembravam de algo novo há 1 dia ( cerca de 36,5%) e ao relatarem, se sentiam entusiastas e quase infantis ao conectarem com uma energia renovadora e ousada – quase nenhum desses considerou como algo novo as atividades rotineiras citadas anteriormente como neuróbica.
 
Mas a grande maioria, encontra-se na inercia rotineira. Imperceptivel, corrosiva, paralisante. Esquecem que a energia do novo nos alimenta de inteligencia, felicidade e ousadia.
 
Revitalizar a rotina devia ser uma obrigação fisica e emocional. Não devia ser um objetivo racional que nos conduz a uma zona de conforto. Isso adoece. Isso torna as pessoas infelizes Executar tarefas que contrariam essa tendência, fazem as pessoas pensarem e se concentrarem no que não estão fazendo por si mesmas
 
A proposta é mudar o comportamento rotineiro. Tente, invente, faça alguma coisa diferente e estimule o seu cérebro. Vale a pena tentar! E não custa nada... Que tal começar a praticar agora, trocando o mouse de lado, fazendo planos pro feriado ?
 
Tente o novo, pela sua saúde e pelas suas emoções. Preservar a ousadia é investir no futuro, de forma menos convencional e mais saudavel. O corpo pede cientificamente por isso, a cabeça, não abre mão nunca de uma boa dose de novidade....
 
(esse artigo é dedicado ao Kiluanba)
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