Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 27 de julho de 2007

A tragédia no ar e o Pan

O horroroso e lastimável desastre aéreo de 17 de julho de 2007, em São Paulo, com cerca de duzentas mortes, entristece-nos sobremaneira porque não atinamos com as razões de tanto sofrimento no mundo. É inenarrável o doloroso sofrimento das pessoas diretamente vinculadas à tragédia, sendo que, através do tempo, há possibilidades do relato vivencial de todos os falecidos com as histórias peculiares e tristes de cada um.
 
Agradecemos ao bom Deus nos encontrarmos distantes da tragédia e enviamos nossos sentimentos de pesar a todos que suportaram essa dolorosa situação. Durante muito tempo o assunto será alvo de atenção e motivará, sem dúvida, profundas modificações na segurança e no tráfego aéreo, o que representa esperançosa perspectiva.
 
Nesses mesmos dias estava em seu começo no Rio de Janeiro o Pan-Americano de 2007, evento esportivo de grandes proporções que, absorvendo a atenção da grande maioria, veio a sofrer inevitável ofuscamento.
 
Os meios de comunicação que se preparavam para intensa cobertura do magno acontecimento desportivo, precisaram simultaneamente, exibir imagens do Pan e produzir reportagens sobre a insólita catástrofe. O bom e o ruim ao mesmo tempo! A alegria e a beleza das exibições e competições esportivas, em oposição à tristeza e à dor de incêndios e tragédias!
 
No relato de ambos acontecimentos, podemos observar que não se falou em Deus, constatando-se assim tacitamente a Sua ausência. Verificamos com pesar que a cultura materialista ou positivista ainda predomina em seu indiferentismo ou soberba. Em tragédias como essa se configura a pequenez do homem que precisa se voltar para o seu Criador, suplicando-Lhe graças e proteção em todos os momentos.
 
Com referência aos jogos pan-americanos, podemos dizer: o esporte, em todas as suas manifestações e possibilidades, representa entretenimento saudável porque exige do atleta o máximo de controle do próprio corpo, envolvendo sacrifícios, como moderação na alimentação e abstinência sexual.
 
Com tais sacrifícios, pecados são evitados, tornando mais fácil a pratica das virtudes que enobrecem o ser humano. Mas, praticar o esporte pelo esporte exclusivamente, sem qualquer motivação espiritual, evidentemente não pode ser valorizado perante Deus. Será que em Olimpíadas e competições esportivas notam-se alguma marca de espiritualidade?
 
Viajar em ônibus espaciais, foguetes interplanetários, aviões e modernas formas de transportes, no presente e no futuro, não exigiria preliminar oração, dado explosões e falhas poderem reduzir tudo a moléculas e átomos?
 
Meus amigos: tenho para mim que precisamos nos aproximar cada vez mais do Supremo Criador e não nos afastar, como parece que Humanidade o faz, em face do progresso tecnológico, a cada dia mais exuberante.
 
Quanto ao esporte, a sua prática deve ser repensada, considerada como meio e não fim, pois somente assim poderá enriquecer a educação e motivar o aperfeiçoamento espiritual.
Comentários