A terapia do jogo de areia
A terapia da caixa de areia (Sandplay) vem se desenvolvendo recentemente em outros continentes e inclusive no Brasil. Foi criada por Dora Kallf, seguidora de Jung, na Suíça, em 1956 e levada para os Estados Unidos por Estelle Weinrib daí, conhecendo ampla difusão.
A terapia na caixa de areia é uma forma de terapia não-verbal e não-racional, na qual os pacientes criam cenas tridimensionais, cenários ou desenhos numa caixa de tamanho específico, usando areia, água e um grande número de miniaturas realistas.
Esta nova forma de psicoterapia tem se revelado um excelente instrumento diagnóstico e de tratamento psicológico, uma vez que, diferentemente de outros trabalhos clínicos tradicionais, que buscam as causas para os conflitos/problemas de forma racional e verbal, ela utiliza as “mãos” e a fantasia para dar forma a conteúdos inconscientes. Ao entrar em contato com a caixa de areia, a psique se liberta, o inconsciente fala e grandes descobertas e transformações são realizadas.
É um trabalho profundamente criativo, fascinante para crianças com problemas de relacionamento e de comportamento, hiperatividade, depressão e obesidade. É envolvente para adultos com depressão, ansiedade, angústia, insatisfação e com falta de alternativas de vida, bem como é indicado para pessoas interessadas em ampliar suas possibilidades de experiência, em desenvolver novos sentidos para as suas vidas, em aumentar sua capacidade de contato consigo mesma, com os outros e com os acontecimentos.
Para realizar essa terapia, o paciente não precisa ter nenhuma habilidade especial gráfica ou artística.
E, o que é mais importante, é que o objetivo fundamental desta terapia Junguiana com caixa de areia é auxiliar o paciente não somente a eliminar a dificuldade momentânea, mas a perceber e desenvolver recursos próprios para enfrentar com sucesso as dificuldades futuras.