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Publicado: Quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A quem iremos?

Vigésimo Primeiro Domingo Comum.
23 de agosto de 2009.
Evangelho segundo João.
Capítulo 6.
Versículos de 60 a 69.
 
“” Muitos dos discípulos de Jesus que o escutaram, disseram:
“Essa palavra é dura. Quem consegue escutá-la?”
Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou:
“Isso vos escandaliza? E quando virdes o Filho do homem subindo para onde estava antes? O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. Mas entre vós há alguns que não crêem”.
Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo.
E acrescentou:
“É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”.
A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele.
Então Jesus disse aos doze:
“Vós também vos quereis ir embora?”
Simão Pedro respondeu:
“A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus”. “”
 
O ano de 2009 avança.
 
Vai-se ver que embora o dia tenha 24 horas e os minutos sessenta segundos, fica a nítida idéia de que a velocidade do tempo aumenta sempre.
 
Puro engano, sabem todos.
 
As pessoas é que se atribuem muito mais afazeres do que sua capacidade de absorção permite.
 
Nesse afã, em que se mutilam compromissos e se esquecem prioridades, a espiritualidade é das expressões que mais rapidamente perdem espaço.
 
Manter-se, pois, com firmeza, nas coisas do alto, está na proporção direta do nível de apego ao sublime do que se pode haurir dos evangelhos.
 
Afinal, questão de fé.
 
Jesus ao falar de dar a comer sua carne, trouxe sim menção dura de se compreender e aceitar e da tibieza de alguns veio a dúvida. Por que seguir o Mestre? A debandada aconteceu.
 
No contraponto dessa incerteza e desse desânimo – o da fuga de tantos seguidores – vem o testemunho firme de Pedro, naquele arroubo costumeiro seu:
 
“A quem iremos, Senhor?”
 
Possam os fiéis todos se apropriar de tamanha demonstração de fé, eis que o mesmo dizer significa que fora de Jesus, aos doze e a Pedro por primeiro, nada mais os atrai.
 
Sabiam do acerto e da confiança que só poderiam vir de quem tivesse “palavras de vida eterna”.
 
Eram os primeiros bem-aventurados.

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