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Publicado: Sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A Morada da Sexta Felicidade

Aproveitando a tranqüilidade dos primeiros dias do ano, resolvo assistir algum filme como distração. O acaso levou-me ao cedê do clássico do tempo do cinemascope, A Morada da Sexta Felicidade, estrelada pelos famosos Ingrid Bergman e Robert Donat.
 
Maravilhoso filme que assistimos com interesse, narrando a história verdadeira de cidadã inglesa da década de 50, que apaixonada pelos ideais cristãos, resolve partir para a China e ali se dedicar plenamente à evangelização, segundo os moldes bíblicos.
 
A beleza da atriz Ingrid Bergman, possivelmente, superaria a do seu personagem Gladys Aylward, de maneira que os intensos diálogos são aceitos com interesse (lembro que o cinema nessa época ainda era bastante teatralizado) e não cansam.
 
Acredito, para tornar mais claro a crônica, reproduzir como síntese, trecho da sinopse do filme: “Gladys viaja para China e abre uma hospedaria para viajantes cansados e famintos que atravessam as desoladas trilhas nas montanhas.
 
Gradualmente consegue vencer a hostilidade dos habitantes, ganhar o amor de um coronel eurasiano (Curt Jurgens) e converter um poderoso mandarim (Robert Donat) ao cristianismo. Mas seu grande feito acontece quando durante a invasão japonesa da China, consegue levar centenas de crianças sem lar, a um lugar seguro, atravessando território dominado pelo inimigo. Forte e tocante, este filme foi adaptado do bestseller de Allan Burges, The Small Woman.”

Para os chineses, deparamos no filme, cinco são as felicidades: a riqueza, a longevidade, a paz, a virtude e a saúde. A sexta felicidade seria essa hospedaria que centraliza o filme. A intrepidez e ousadia de Gladys, desde o início, em que labuta para economizar o necessário para a grande viagem pelo transiberiano, trem que faz a ligação da Europa com a Ásia, destaca a marcante personalidade dessa evangelisadora, para muitos considerada como precursora da Madre Teresa de Calcutá.
 
O filme engrandece o espectador pelas nobilitantes situações que apresenta, inclusive no relacionamento amoroso entre o casal de galãs, tudo na base da máxima espiritualidade. As cenas em cinemascope são de rara beleza e indubitavelmente, marca a o apogeu da sétima arte. Portanto, se surgir oportunidade, não deixe de assistir o edificante e agradável filme A Morada da Sexta Felicidade.
 
Fechando a crônica o fazemos lastimando os descaminhos do cinema atual que nos impede de frequentá-lo sem previamente conhecer a sinopse do filme. Caso contrário poderemos nos defrontar com assuntos estranhos à moral tradicional, como aconteceu com o divulgado Segredo de Brokeback Mountain, história de dois caubóis gays que, segundo comentário constante do Google, desviriliza a corajosa e nobre classe dos caubóis.
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