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Publicado: Quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A Hora Chega para Todos


Na ocorrência do 4º Domingo Comum, neste Ano "B", - 25 de janeiro - a Igreja no Brasil, por estar no tempo a que se denominou Ano Paulino, presta particular homenagem ao apóstolo São Paulo, o convertido que alastrou os evangelhos mundo afora, malgrado a penúria das comunicações naqueles tempos.
 
O evangelho de Marcos (16, 15-18), curtíssimo, alardeia em poucas e exatas palavras, o primado da evangelização, justamente aquilo que se constituiu no ponto alto das ações de São Paulo:
 
 Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze apóstolos e disse-lhes:
"Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: Expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados".
 
De modo geral, tende-se a ler trechos desse teor nas escrituras sagradas, como se fossem mero relato histórico de passagens maravilhosas.
 
Ninguém acreditaria em sair por aí sem temer serpentes peçonhentas e livres de qualquer perigo. Interpretam tais narrativas como exemplos folclóricos de um tempo que não volta mais. De fato, as citações podem ser algo exacerbadas mas derivam da boca do próprio Cristo, para caracterizar que quem se dedique a dar testemunho dele pode arregaçar as mangas e sair a campo sem medo.
 
É que os percalços e os imprevistos nessa missão prioritária de todo cristão, - a de evangelizar - não significarão motivo de fuga nem de recuo, porque quem aninhou verdadeiramente a Jesus em seu coração, nem consegue reter essa ventura somente para si. Antes – e muito pelo contrário – sente-se impelido a extravasar a tamanha alegria que lhe inunda a alma. E sabe que evangelizar não implica na preocupação de convencer ninguém.
 
O receptor da mensagem, apesar de altamente privilegiado e escolhido, no seu livre arbítrio, pode aceitar ou não o convite de aderir a Jesus. O fato de adiar sua decisão ou naquele momento mesmo definir-se por não aceitar o precioso convite, não implica em pecado ou falta. Teve porém, bem explícita e clara, a sua chance. E todos, em algum passo de sua vida, terão recebido igual convite.
 
A hora chega para todos; cumpre estar atento.
 
Entretanto, - e este é outro fato incontestável – quer adie sua opção ou fique indiferente, de modo algum ele consegue descrer, contestar ou duvidar da autenticidade de quem o aborda, se este, realmente, entronizou Jesus na sua vida.
 
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