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Publicado: Quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A estreia do Ituano e o pênalti perdido

Crédito: André Roedel/Itu.com.br A estreia do Ituano e o pênalti perdido
Jean Carlos, que prometeu oito gols, passou em branco

O Ituano enfim estreou no Campeonato Paulista. Depois de ter seu primeiro jogo adiado graças a uma manobra da Ponte Preta (conforme comentei no último texto), o Galo pode entrar em campo pela primeira vez em 2014. O time comandado por Doriva encarou a Portuguesa no Estádio Novelli Júnior. Apesar de demonstrar um bom futebol, o time não conseguiu marcar. Ficou no 0 a 0 com o time lusitano. Saiba como foi!

Fisicamente o Ituano estava muito bem. No primeiro tempo estava voando, enquanto a Lusa sofria. No segundo tempo o ritmo diminuiu, até por conta do forte calor. O bom desempenho físico do Galo de Itu é fruto do trabalho forte iniciado em novembro, o que garantiu ao time mais tempo de preparação. A Portuguesa, pelo contrário, teve muito pouco tempo de pré-temporada. Isso deve ser um trunfo do rubro-negro no Paulistão.

Mas nem tudo são flores. O ataque do Ituano segue cometendo os mesmos erros da temporada passada. Parece ter medo de chutar a gol. Isso tem que mudar. O time precisa arriscar mais, partir pra frente. E chutar sempre que puder. Uma hora a bola entra. Mas pro ataque responder, o meio tem que fazer seu trabalho. A bola tem que chegar redonda na frente. Cristian pode ser “o cara”. Basta se esforçar.

Na zaga, não tem o que falar. Anderson Salles segue sendo o monstro de sempre. Dick me pareceu bem também, só que saiu contundido. Espero que não seja nada grave. Alemão não comprometeu e Dener apoiou bem. Do pessoal de trás, só senti um pouco de insegurança do goleiro Vagner. Ele parecia afobado. Espero que seja só o nervosismo da estreia mesmo.

A primeira impressão deixada pelo Ituano neste Paulistão não é das melhores, mas também não é ruim como a do ano passado. O time precisa se concentrar e aproveitar melhor as chances. A vitalidade física será um bom diferencial, mas não é tudo para um time de futebol. De nada adianta ter pique pra correr se não tem habilidade pra colocar a bola no fundo das redes. E é isso que o torcedor quer ver: gol. Que contra o Santos isso aconteça.

Vergonha pessoal

Como adquiri o passaporte de ingressos para os jogos do Ituano no Paulistão, fui chamado – junto com outros nove torcedores – para bater um pênalti no intervalo. Se acertasse, ganhava uma camisa oficial. O site do Galo informava que o goleiro seria um atleta da base. Mentira. Quem veio foi o Ricardo, que faz parte do elenco profissional.

Vi que ele estava indo sempre para o canto esquerdo e resolvi inverter. Pena que pensar é uma coisa, executar outra. Eu errei. Ou ele pegou, tanto faz. Não passava tanta vergonha assim desde o primário. Mas isso serve como um aviso: preciso voltar a jogar bola. Deixar a preguiça de lado e voltar a calçar as chuteiras que comprei ano passado e jamais usei.

Temperatura máxima

O calor criminoso que fez ontem em Itu prejudicou o jogo. Até mesmo o Ituano, com seu bom preparo físico, sofreu. E o que falar do torcedor? Forçado a ficar na arquibancada principal – já que o setor atrás do gol está interditado –, o rubro-negro só tinha sombra quando uma nuvem bondosa passava em frente ao sol. Quem fez a festa foram os vendedores de água, que não lucravam assim desde sei lá quando.

Agora eu te pergunto: por que a Federação Paulista de Futebol marca um jogo de quarta-feira nesse horário? Cinco da tarde é horário comercial ainda. Muita gente está no trabalho, ou saindo dele. Já não bastasse o preço absurdo dos ingressos, ainda tem que ver o jogo sob um calor torturante e num horário irracional. FPF, a vergonha do futebol paulista.

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