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Publicado: Sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A escola que exclui

O apartheid da educação em São Paulo = escola de ensino integral

O Governador de São Paulo não sabe que temos milhares de crianças esperando uma vaga na creche? Milhares sem ensino fundamental? Milhares de adolescentes fora do ensino médio, entre outros dados, está o do IBGE.

Muitos desses alunos do ensino médio, que estão fora da escola, serão presidiários amanhã. Aluno líder, que a escola não quer, serão os líderes de facção criminosa, que não é porque a escola não os quis que eles deixarão de serem líderes.

Repensar a escola pública nem pensar. Colocar os valores nos seus devidos lugares, o governador parece que não quer. Impossível não é, mas fazer a escola pública deixar de ser um antro, onde pululam todos os tipos de corrupção e arbítreo, o governador só consegue se tiver muita coragem e vontade política.

A verba da educação é suficiente para manter todas as escolas em nível igual a escolas de primeiro mundo. Só retirar os cabritos que estão tomando conta da horta.

Então, a novidade mais cruel e exemplo são as Escolas de Tempo Integral. Só duas em São Paulo. As duas na Diretoria de Ensino Centro Oeste da cidade de São Paulo. Uma fortuna que já começou errado. As professoras dessa escola, foram passar dias numa Instância Turística em hotel cinco estrelas (Águas de Lindóia), para se reciclarem??? O salário delas já é diferenciado. Qual seria o critério para essas profissionais pegarem mais essa fatia de tão generoso bolo?

A experiência das Escolas Integrais de São Paulo não deram certo. Era mais tempo que o aluno ficaria dentro da escola sem fazer nada.

Agora prometem que será diferente.

Nem um por cento dos alunos serão beneficiados, o resto vai continuar em escola ruim, com falta de professores, sem o básico? Todos pagando a conta, dessa investida que parece ser apenas um cartão postal que vamos pagar para a próxima eleição .

Tem gente que desculpa essa aberração dizendo que o ensino só é bom se for para poucos mesmo. Acontece que escola para poucos onde todos pagam os maiores impostos do mundo, é o apartheid da educação em São Paulo.

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