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Publicado: Sábado, 16 de janeiro de 2016

A cidade, atos e fatos

A cidade, atos e fatos

Seja permitida nesta versão terceira das crônicas semanais, 17 de janeiro do ano cujas portas ainda rangem na sua abertura. 2016.

Alguns pontos ligados à vida diária.

A gente não para a fim de refletir, mas Itu, na verdade vem a ser uma das cidades mais antigas do Brasil. Situem as outras, poucas, com tal característica.

Diferentemente de algumas prósperas comunas que a rodeiam mais proximamente, as quais contam com um milhão de habitantes uma delas e outras com oitocentos, setecentos mil. Efetivamente, Campinas, Sorocaba, Jundiaí, nasceram bem depois.

Sabe-se doutra feita e muito bem se compreende que comunidades ditas históricas trazem ínsitas a elas essas características de arraigado tradicionalismo. Longevas e por isso conservadoras. Tudo bem.

Não se aspire então encontrar solução cabal para os problemas locais – o da falta de água não foi pouco - nem se criem sonhos inatingíveis.

O solo das vias públicas, por exemplo, em asfalto aplicado abruptamente por cima dos paralelepípedos centenários, está de há muito pontilhado de marcas de buracos, cavados diariamente. Pior ainda, mal fechados ao depois.

No auge da controvertida era do primado dos "WhatsApp", a própria mídia impressa local tem acolhido recados e advertências originadas dos leitores, a verberar pontos isolados de sujeira e completo abandono, com mato a surgir de todos os lados, logo a atingir os logradouros além do quadrilátero central. Descobriu-se, pois, um modo prático e ao alcance de quem deseje expressar sua indignação com o pouco cuidado na conservação e limpeza públicas.

Fora da mídia, um acontecimento à parte e pouco percebido, a não ser pelos moradores atingidos diretamente pelo descaso.

São várias as travessas no ponto mais movimentado da cidade, do Largo do Carmo, diga-se, até o do Bom Jesus. Proíbe-se obviamente a passagem de caminhões. Eis que na esquina de uma delas um caminhão derrubou o postinho e a respectiva placa indicativa. Poste e placa ficaram na calçada vários dias e não se sabe se recolhidos por quem. Esse fato está próximo de completar um ano. Cerca de quatro ou cinco meses do ocorrido, cidadãos encaminharam ofício à Secretaria de Segurança, logicamente lá a ser levado ao setor de trânsito.

Era começo de agosto de 2015. Sem resposta, outra carta, esta sob aviso de "AR", em setembro. A perdurar o silêncio, houve contato pessoal na repartição, entre outubro e novembro. Nada providenciado e veículos assaz pesados transitam livremente. Tão estreita a via, algumas casas já apresentaram trincas na parecde. Isto é Itu.

Mas, não poucas vezes, os próprios munícipes se misturam às falhas, descuido e impropriedade dos governantes. Sim. Exatamente.

Fez-se possível e por coincidência presenciar o passeio, certamente diário, de um cãozinho. Levado ao pé de um a um dos quatro canteiros na calçada fronteiriça à Igreja de São Benedito. Curiosamente, parou e regou as flores dos quatro locais. Estava preso a uma corrente, segura pelo dono ou dona, mas não se via nada que dissesse respeito à coleta de dejetos. Uma lástima.

Um caso isolado e curioso justamente porque as flores conquanto rústicas, elas não escaparam em nenhum dos quatro canteiros. Todos visitados.

Estenda-se a consideração dessa aceitável necessidade de bem cuidar dos animaizinhos ou até nem tão pequenos, porém com a atenção mínima de não deixar os incômodos rastros ruas afora. Não poluir calçadas e portões.

Até quando?

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