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Publicado: Domingo, 20 de agosto de 2017

30 anos sem Drumond

30 anos sem Drumond
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“Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.”

Lá se vão trinta anos sem Drumond.

Carlos Drummond de Andrade foi um poeta, cronista, contista e tradutor, nasceu em Itabira MG, em 31 de outubro de 1902 e começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do movimento modernista mineiro.

Formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Trabalhou no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no "Correio da Manhã" e, a partir do início de 1969, no "Jornal do Brasil".

Nos primeiros livros de Drummond: "Alguma poesia" (1930) e "Brejo das almas" (1934), o poema-piada e a descontração sintática pareciam predominantes, sempre ironizando os costumes e a sociedade, satírico, com um rigor que beira a obsessão.

Escritor que angariou uma legião de leitores e admiradores, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

Vamos lembrar uma de suas poesias.

Para Sempre 

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento. 
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

 

Fontes consultadas:

https://www.pensador.com/autor/carlos_drummond_de_andrade/biografia/

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