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Publicado: Segunda-feira, 14 de setembro de 2009

22 de setembro: deixe seu carro em casa!

22 de setembro: deixe seu carro em casa!
Dia Mundial sem carro
O Dia Mundial Sem Carro foi implantado pela primeira vez na França, 22/09/1997. Em 2000, a União Européia instituiu a Jornada Internacional "Na Cidade, sem meu Carro", reunindo 760 cidades. Em 2001, 1683 cidades participaram. No mesmo ano, 11 cidades brasileiras aderiram: Porto Alegre, Caxias do Sul e Pelotas (RS); Piracicaba (SP); Vitória (ES); Belém (PA); Cuiabá (MT), Goiânia (GO);Belo Horizonte (MG); Joinville (SC); São Luís (MA). Em São Paulo, a iniciativa é realizada desde 2005.

Neste sentido o Dia Mundial sem carro é uma ação concreta para  o grande desafio dos nossos tempos que é repensar os modos de produção e consumo, construir  políticas, planos e programas de adaptação e mitigação das emissões de gases de efeito estufa incentivando o uso de energias renováveis rumo a uma sociedade de baixo carbono.

Transporte

O transporte  é um campo que vive um paradigma de alta intensidade em produção de gases poluentes, o que tem acentuado o aquecimento global.

Por exemplo, o abastecimento de alimentos e bens de consumo nosso pais usa prioritariamente os caminhões como meio de transporte, somado ao aumento do consumo de combustível em função do estado das rodovias, à indústria automobilística como eixo condutor da economia de produção o que temos é uma intensidade na queima de combustíveis fosseis e produção de gases poluentes! Para se ter uma ideia a cidade de São Paulo ganha cerca de 1000 novos veículos por dia (Detran-SP). Existe,  aproximadamente um veículo para cada dois habitantes na capital, são 6.067.707 veículos.

Diante disso deve-se priorizar o transporte público e a infraestrutura, aumentando a multimodalidade (isto é, a combinação de várias modalidades de transporte), que no Brasil de hoje não há.  A utilização de ferrovias e hidrovias pode ser algumas das alternativas tanto para o transporte de carga quanto para o de pessoas.

Saúde


Contrariando os interesses públicos e a saúde da população  o enxofre é cancerigeno e reponsável pela morte de cerca de 3 mil pessoas por ano somente na cidade de São Paulo, pela contabilidade de Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo. A concentração de poluentes acima do limite seguro para a saúde, indica exposição a doenças graves como enfarte, derrame, diabetes e infertilidade na Região Metropolitana de São Paulo.

A partir deste ano passou a ser obrigatória a utilização do diesel S50 - com 50 partes por milhão de enxofre - somente nas frotas cativas de ônibus urbanos dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro, e não em todos os veículos diesel de todo o País, como previa a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) de 2002. Só em 2011 as demais regiões metropolitanas terão o S50. Já para o interior, a redução em 2009 é de 2.000 ppm para 1.800 ppm. Apenas em 2014 a frota desses lugares receberá o S500.  Alguns ônibus de São Paulo e Rio de Janeiro utilizam diesel S-50, mas ainda de modo muito tímido. Já na Europa e Estados Unidos, por exemplo, a proporção é de 10 partes de partículas por milhão com uma tendência de chegar a zero.

A hora é agora

O raiar  dos novos tempos apresenta as energias renováveis como saída para reverter o cenário de degradação ambiental, aquecimento global, escassez dos recursos naturais e injustiça social que vivenciamos hoje. 

A crise socioambiental é ampla e todos (governos, legisladores, as empresas e a sociedade civil organizada) devem se reconhecer como elo de uma mesma corrente para que juntos possamos formular e implantar iniciativas como: políticas públicas, projetos e ações pelo bem estar  da sociedade e pelo meio ambiente.

O aumento da proporção das energias não fósseis renováveis na matriz energética mundial  como: a coogeração de energia, energia eólica, energia dos oceanos, biogás, biocombustível é um grande passo para o que  denominamos a  transição para uma sociedade de baixo carbono.

“No último meio século, a combinação de crescimento da população mundial, consumo generalizado de energia fóssil e desenvolvimento tecnológico dentro de um paradigma de carbono intensivo tem sido a causa principal do processo de aquecimento global” (Reyner e Malone, 1998).

Deixar o carro em casa, andar de bicicleta são por tanto atitudes simples que refletem a transição para uma sociedade de baixo carbono.

Para saber mais:
WWW.5elementos.org.br
http://diamundialsemcarro.ning.com/
www.nossasaopaulo.org.br
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