Bem estar

Publicado: Quinta-feira, 19 de março de 2015

Infectologista explica diferenças entre a chikungunya e a dengue

Sintoma clássico da doença é a febre alta repentina.

Infectologista explica diferenças entre a chikungunya e a dengue
Entre 72% a 95% das pessoas infectadas apresentam febre alta repentina

Você sabe o que é a febre chikungunya? Facilmente confundida com a dengue, por ter sintomas muito parecidos, a doença é causada por um arbovirus e teve seu primeiro registro em 1952 na África, desde então tem se proliferado por países da América Latina. Para orientar a população e esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto, a infectologista Andreia Maruzo Perejão, do Hospital São Cristóvão, explica que a transmissão das duas doenças ocorre pela picada dos mosquitos Aedes aegypti ou Aedes albopictus.

Segundo a profissional, entre 72% a 95% das pessoas infectadas apresentam febre alta repentina. “Além desse sintoma clássico, o paciente com chikungunya também apresenta cefaleia, mialgia, manchas pelo corpo (exantema), conjuntivite, náuseas e vômitos e dores articulares debilitantes (poliartrite), sendo esse último sintoma o que mais a diferencia da dengue”, explica.

“Seu nome vem da língua Kinchonde e significa ‘homem que anda arqueado’ devido às fortes dores articulares”, prossegue a infectologista. “Essa artrite ocorre mais em mãos e pés e pode persistir por meses ou anos, mas, raramente há complicações ou mortes”, ressalta a profissional.

A médica explica que o diagnóstico se dá pela suspeita clinica e exames de sangue como sorologias, cultura viral ou RT PCR. “O tratamento é sintomático, pois não há medicação especifica para o vírus, ou seja, tratamos os sintomas e orientamos o paciente a repousar, se alimentar e se hidratar bem para melhorar sua imunidade durante o ciclo do vírus”, adverte.

Para a prevenção da chikungunya devem-se manter os mesmos cuidados que se tem com a dengue. “É extremamente importante eliminar qualquer objeto que acumule água, principalmente da chuva, pois podem ser criadouros do mosquito. Durante as epidemias, também oriento o uso de repelentes”, orienta a infectologista.

“O período de incubação do vírus leva de 2 a 10 dias, e na dengue o risco de evoluir para um quadro hemorrágico é maior”, finaliza a profissional.

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