Dia do Pintor - Uma maneira diferente de ver o mundo

Crédito: Renan Pereira / Itu.com.br

Veja as fotos desta notícia no Flickr

Por Renan Pereira

Pablo Picasso, Alfredo Volpi, Van Gogh, Tarsila do Amaral... O mais leigo dos leitores com certeza já ouviu falar em pelo menos um destes consagrados nomes da 3ª arte: a pintura. Diferente do que parece, ela está – e sempre esteve - ligada intimamente ao nosso cotidiano. Seja através da publicidade moderna ou de ateliês independentes espalhados pelas grandes e pequenas cidades.

Em Itu, não poderia existir melhor histórico para tratarmos desse assunto. Afinal, o Dia Nacional do Pintor (8 de maio) foi criado em homenagem a um artista ituano: José Ferraz de Almeida Júnior. “Almeida Júnior é fantástico! Infelizmente muita gente de Itu nem sabe quem foi ele, porém sua obra é melhor do que a de vários artistas consagrados”, comenta o pintor ituano Paulo Lara – coincidentemente nascido no dia 8 de maio.

O artista, que montou um ateliê de artes no centro da cidade de forma independente, faz menção às inúmeras dificuldades que os pintores de hoje encontram. “Existe duas fases: aquela em que as pessoas compram seu trabalho porque acham bonito e querem decorar sua casa. E a outra é quando enxergam um amplo potencial no seu trabalho e adquirem sua obra acreditando que estão fazendo um investimento”, explica.

Muitas vezes, pintores consagram-se trabalhando com temas específicos. Foi assim com o pintor autodidata Luciano Luz. Ele descobriu o gosto pela pintura por meio da música. “Quando comecei a pintar meu objetivo era retratar o perfil de personagens que já haviam falecido e, de certa forma, caído no esquecimento das pessoas. Só mais tarde comecei a fazer outros tipos de gravura”. Só para citar alguns, ele já reproduziu imagens de Janis Joplin, Elvis Presley e Jim Morrinson (vocalista da lendária banda The Doors).

Além de ter seu espaço pessoal, Luciano Luz é professor e ministra aulas na Casa da Arte – espaço público localizado no bairro Brasil. Apesar disso, ele afirma que a arte de um modo geral ainda sofre com a falta de apoio. “Todo artista autônomo sofre com isso. A falta de estrutura é algo que acaba desanimando muitos artistas”, diz.

Em entrevista ao Itu.com.br, o pintor sorocabano, Maicon S.A, falou sobre a rotina de ser um artista em Sorocaba. Ao contrário dos artistas ituanos ele elogiou a relação da prefeitura com os artistas da cidade. “Sempre que acontecem eventos em Sorocaba sou chamado pela prefeitura para dar oficinas, workshop e palestras; além de contar com um espaço para exposição. Neste aspecto nunca foi fácil a divulgação de um artista autônomo, mas pouco a pouco vamos conquistando nosso espaço”, explica. Confira aqui a entrevista completa.

Ainda em ascensão no Brasil, um dos principais objetivos da 3ª arte neste século é ganhar mais espaço entre os setores artísticos e se tornar acessível também aos países mais pobres. “Acredito que isso já esteja acontecendo. Com o crescimento econômico do nosso país, acredito que não só a pintura, mas todas as formas de arte passarão a ser mais acessíveis para as pessoas”, opina Paulo Lara.

Como surgiu?

É muito difícil precisar o período em que a pintura surgiu, já que os principais vestígios da sua existência nos remetem à idade da pedra, época em que o homem ainda não conhecia a escrita e procurava incessantemente um jeito prático de comunicação. Cavernas e antigas paredes era o ‘papel’ usado pelos homens da antiguidade.

Para a reprodução, normalmente eles usavam sangue de animais, ovos e outros materiais provindos de frutos. Só mais tarde os egípcios começariam a reproduzir imagens do mundo – real ou fictício – nos chamados papiros. Além do ovo, carvão e outros produtos foram adicionados à ‘tinta’ natural.

Pop Art – um novo jeito de se fazer arte

Andy Warhol é o nome do cara! Não há como negar que grande parte dos pintores de hoje são influenciados por ele. Pintor e cineasta norte-americano, Warhol foi um dos criadores do conceito de Pop Art - movimento que usava figuras e ícones populares como principais temas de suas pinturas. Os três artistas entrevistados nesta reportagem afirmaram ter sofrido algum tipo de influência desta vertente.