Bem estar

Publicado: Quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Biólogo do CRBio-01 esclarece principais dúvidas sobre a Febre Amarela

213 casos foram confirmados no Brasil.

Dados atualizados do Ministério da Saúde apontam que já são 213 casos de febre amarela confirmados no Brasil, entre 1º de julho de 2017 e 30 de janeiro de 2018. E que nesse mesmo período, 81 pessoas morreram da doença. O Biólogo Horácio Teles, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS), esclarece algumas das principais dúvidas em relação à doença. Confira:

Silvestre ou Urbana

É importante ressaltar que o último registro de caso de febre amarela urbana no Brasil ocorreu em 1942 e que todos os casos registrados recentemente são do tipo silvestre. Ou seja, todos os casos registrados entre 1º de julho de 2017 e 30 de janeiro de 2018 são de pessoas que entraram em matas e que contraíram a doença por terem sido picadas pelo mosquito hospedeiro do vírus (que pode ser do gênero Haemagogus ou Sabethes).

Macacos não transmitem a doença

Os macacos não têm culpa alguma, eles são vítimas da doença tanto quanto nós. Mas, por pura falta de informação, muitos estão sendo atacados e mortos por homens. Vale sempre reforçar que somente o mosquito é que transmite a doença. Os macacos, inclusive, ajudam as autoridades públicas a identificar áreas onde há riscos de contaminação, quando animais vítimas da doença são identificados. E, assim, a proteger os cidadãos.

Dose fracionada

A dose fracionada da vacina contra a febre amarela é uma medida preventiva recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A dose fracionada protege tanto quanto a dose padrão, mas pelo período de apenas 8 anos. Depois disso, basta a pessoa se vacinar novamente. Mas, pessoas que já foram vacinadas com a dose padrão uma única vez na vida não precisam se vacinar novamente. No entanto, a certeza da imunização depende da disponibilidade do registro na carteira de vacinação. Em caso de inexistência, é recomendável que se tome a dose fracionada.

Corredores verdes

Não há ainda nenhuma comprovação científica de que essa epidemia de febre amarela tenha alguma relação com a surgimento de corredores verdes. O mais provável é que a ampliação das áreas com registros de casos humanos e morte de macacos decorreu da movimentação das pessoas de uma área para outra durante os períodos sem sintomas.

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