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Quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fórum Global de Sustentabilidade SWU bate recorde de audiência na web

O primeiro dia de palestras do II Fórum Global de Sustentabilidade SWU marcou um recorde: mais de 1,5 milhão de internautas acompanharam os debates transmitido pela SWU TV na página do SWU no Facebook. O evento começou com o cantor canadense Neil Young e terminou com a ganhadora do Nobel da Paz, Rigoberta Menchú.

A segunda parte dos debates aconteceu entre o jornalista Gilberto Dimenstein, o estilista Oskar Metsavaht, a cineasta Laís Bodanzky e a ativista guatemalteca, Rigoberta Menchú.

O primeiro a falar foi o jornalista Gilberto Dimenstein, que relatou suas experiências com a comunidade onde vive, no bairro da Vila Madalena, zona Oeste de São Paulo. Segundo ele, ações modificadoras são “como acupuntura”. “Você vai de agulhinha em agulhinha até fazer uma grande diferença”.

As mudanças realizadas nos arredores da rua Belmiro Braga, a força-tarefa para reerguer uma escola que seria desativada no bairro e a plataforma de divulgação de ações culturais, educativas e de entretenimento gratuitas (site Catraca Livre) desenvolvidas pelo jornalista serviram de exemplos de que é possível fazer grandes mudanças partindo de ideias simples.

Já o médico e estilista Oskar Metsavaht, criador da marca Osklen, mostrou como é possível trabalhar artigos de alto padrão utilizando recursos da diversidade brasileira e de maneira sustentável. “Um dia uma bolsa fabricada com couro de peixe terá o mesmo valor de mercado que uma Hermés”, projeta.

Laís Bodanzky relatou sua experiência de mais de dez anos levando arte para comunidades afastadas dos grandes centros, onde geralmente não há salas de cinema ou o acesso a elas não é possível para a maioria da população.

Laís admite que deu início ao projeto esperando ajudar a levar conscientização a comunidades carentes mas, com o tempo, percebeu que a visão estava errada. “Foi uma postura arrogante achar no começo que a gente encontraria pessoas desinformadas, mas nos surpreendemos com gente de pouca instrução formal, mas com muito conhecimento e visão crítica”.

Atualmente, por onde vai a gigante tela inflável do projeto Cine Tela Brasil, a ocupação da sala é de, em média, 80%. “A ocupação dos cinemas comerciais é de 30%. É muito bonito ver uma criança que sai de uma seção entrar na fila para ver a próxima. Ela está ali não é só pelo filme, mas por toda aquela aura que envolve a sala escura. É uma experiência sensorial comparável a ver o mar pela primeira vez”, comenta.

O painel terminou com o relato da guatemalteca Rigoberta Menchú, que contou sua história emocionante de uma vida de luta pela não conformação com o que há de errado. De origem indígena, ela teve seu pai e mãe mortos de forma violenta, há cerca de 30 anos, e decidiu lutar contra as causas da opressão a seu povo. “Uma determinação de vida que tenho é de dizer não ao silêncio. O silêncio é uma política global quando se trata de interesses militares, políticos e ideológicos”. Usando de referências maias para explicar sua visão de mundo, Rigoberta comoveu a todos e foi aplaudida de pé no Theatro Municipal de Paulínia.

Após a rodada de debates, foi a vez da avant premiére do documentário “Neil Young Life”, do cineasta Jonathan Demme em homenagem ao cantor, que retornou ao palco para introduzir o vídeo ao público.