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Terça-feira, 12 de janeiro de 2016

O SUMIÇO DO MUNDO - Capítulo 13

Nem tudo vai bem no melhor dos mundos
Como sempre, erro dos economistas

ACONTECEU NO CAPÍTULO 12:

Pedro Iroquês é interrogado pelas autoridades em São Sebastião enquanto Gesualdo e seus 14 companheiros continuam detidos. Na manhã do dia 16 de dezembro, a Marinha é surpreendida pelo bloqueio do porto por quase 50 barcos. É como os ilhabelenses reclamam e conseguem a libertação de Iroquês e seus companheiros. O governo extingue CEIFI e institui a Superintendência da Reintegração de Ilhabela ao Brasil, que se instala na ilha e conta com a colaboração de Iroquês. Mas ao mesmo tempo se instaura um truculento inquérito policial para apurar os aparentes crimes cometidos pelo “autonomeado governo do mundo” durante o sumiço da ilha. Os espíritos se desarmam com o depoimento do bispo Doroteo Paz reconhecendo seus próprios desmandos e a boa gestão de Iroquês.

As investigações chegam ao Registro Civil de Ilhabela, onde encontram evidências inquestionáveis da passagem de 25 anos em 4 meses. O registro de falecimentos atesta a morte de numerosas pessoas nos anos 1 a 25. Ou seja, tinham ocorrido no futuro, uma vez que o ano 1 equivalia a 2008 e o ano de 2007 ainda nem tinha acabado. O absurdo dos falecimentos registrados em data futura é confirmado pela grande quantidade de nascimentos também ocorridos entre os anos 1 e 25. São centenas, milhares de pessoas, todas jovens, robustas e ativas que, pelo calendário vigetente, tardariam anos a serem concebidas. Nasceram no futuro mas estão muito presentes. .A própria escrivã, que lavrara os assentamentos, comprova que tinha nascido em 1954 e conta portanto com 53 anos pelo calendário gregoriano Mas a sua aparência é de uma anciã de 78 anos, coerente com os 25 anos vividos durante a desaparição da ilha. O dilema é solucionado pelo Ministério da Justiça que cria uma cronologia extra-calendário de 25 anos, inseridos entre 9 de agosto e 8 de dezembro de 2007, a fim de acomodar exclusivamente os atos dos ilhabelenses no período. A sigla DFM deveria ser acrescentada às datas desse extra-calendário, para distingui-las.

Aparece à deriva nas costas do Chile um dos três veleiros que tinham partido da Ilhabela havia quase quatro meses (ou em setembro de 1 DFM, 25 anos antes). Sem encontrar terra, o barco completaria uma volta ao mundo pelo Pacífico se conseguisse regressar. A bordo só se encontrava uma exaurida e desidratada Carmen Debizet. Dias antes, Almir Clicquet, muito enfermo, optara pelo suicídio para garantir uns dias de sobrevida à passageira. O marido de Carmen a perdoa pelas loucuras e não consegue evitar a imprensa quando vai buscá-la em Santiago.


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Nem tudo vai bem no melhor dos mundos

Antes de se atrever a visitar a Ilhabela e inspecionar suas propriedades, numerosos donos de terrenos, casas, glebas e estabelecimentos comerciais preferiram protocolar na justiça ações de reintegração de posse. Elas tinham andamento vagaroso porque dependiam de diligências no local para apuração de informações básicas como, por exemplo, a identidade dos invasores e a duração da invasão.

Alguns proprietários estavam particularmente impacientes e tendiam a retomar seus imóveis pela força, criando fatos consumados. Às cinco da manhã de 1 de janeiro de 2008, tirando partido do sono de toda a gente que festejara a passagem do ano, um grupo fortemente armado desembarcou sem ser percebido na Praia de Castelhanos. Três lanchas de desembarque, que também transportavam três jipes camuflados, depositaram os homens na praia e ali ficaram encalhadas, juntamente com um dos jipes que não conseguiu se safar da areia mole.

Soube-se depois que as lanchas, relíquias da Segunda Guerra Mundial, pertenciam a Willy Katzenjammer, um colecionador de armamento que se vangloriava de possuir até mesmo um caça Mirage. Sua casa, à beira do Lago Sul, em Brasília, era um museu completo e exibia, além de um guarda-roupa de impecáveis uniformes nazistas, um arsenal de bombas e munição de todos os calibres. No pátio havia tanques, carros de combate, baterias antiaéreas e até um canhão: o palácio da Alvorada, que se avistava do outro lado do lago, a menos de 2 km de distância, estava dentro do seu raio de alcance.

Ao saltar das embarcações, os invasores se espalharam em leque e começaram a avançar cautelosamente pela praia, no melhor estilo dos filmes de guerra. Não encontrando resistência, agruparam-se na cabeceira da estrada municipal que corta a ilha. Eram 16 homens envergando uniformes de uma empresa de segurança e capacetes daqueles usados nas obras de construção civil. Todos portavam um fuzil, uma pistola, um facão e várias granadas, sendo que os jipes eram equipados com metralhadoras e lança-chamas.

Quem dava ordens era Narcos Arson Chamas, mais conhecido como Rambo da Rua Augusta. Sob seu comando, a tropa pôs-se em marcha e ao cabo de meia hora já era acompanhada por uma matilha de cães que ladravam sem parar. Um jato de lança-chamas os afugentou, mas incendiou um milharal. Eles levaram quase cinco horas para percorrer os 12 km da estrada íngreme que atravessa a ilha e estava, como sempre esteve, quase intransitável. Chegando à Barra Velha, Rambo deu ordem de alto e consultou um mapa e anotações. Depois de um merecido rancho e descanso, seguiram rumo sul, tomando a via costeira que nesse ponto se chama Avenida Princesa Isabel. Depois da Praia do Portinho, a tropa invadiu o condomínio fechado São Matias, cercou uma das mansões de frente para o mar e tomou posição de ataque. Os homens aproximaram-se silenciosamente, avançando de arbusto em arbusto, pedra em pedra. Alcançaram e se esconderam nas edículas. Com um pontapé, Rambo arrombou a porta de entrada e irrompeu na sala principal com a pistola em punho, pronto para atirar em qualquer coisa que se mexesse. Não havia ninguém, a casa estava abandonada e em visível ruína. O mesmo ocorreu em duas outras mansões cuja tomada lhe tinha sido encomendada. No rádio-transmissor de campanha, Rambo fez uma chamada:

— Siegfrido chamando, Siegfrido chamando. Câmbio.

— Wotan na escuta, prossiga.

— Tomamos as três casas sem baixas. Estavam vazias.

— Parabéns. Deixe pelo menos um homem dentro de cada uma e passe ao objetivo dois. Câmbio.

De novo na avenida, a tropa empreendeu o caminho de volta, rumo norte. Tornando a passar diante do Portinho, Rambo ordenou alto. É que ele tinha resolvido poupar tempo e as energias do pessoal para o combate. Como não havia sinal de resistência, mandou os dois jipes levar os homens, em algumas rápidas viagens de ida e volta, até a praça fronteira ao Supermercado do Frade, no Perequê. O movimento não despertou curiosidade, os moradores já estavam se acostumado com a presença de pessoas e veículos estranhos que as autoridades do continente não paravam de mandar para a ilha. De novo reunida, a tropa prosseguiu em ordem unida até o Splendid Beach Hotel, na praia de Itaguaçu. O Splendid já não era hotel desde o ano 2 DFM quando foi desapropriado pelo governo de Iroquês e, depois das necessárias reformas, passou a ser prédio de pequenos apartamentos.

A tropa entrou no hotel disparando para o alto e gritando:

— Fora, todo mundo já pra fora!

Os “soldados” percorreram os salões e corredores, abrindo portas a patadas e arrancando as pessoas de dentro dos apartamentos, não importasse como estivessem; a maior parte estava em torno da mesa, almoçando. Os homens que tentavam reagir eram espancados. As famílias eram empurradas e colocadas para fora do prédio, aos trambolhões. Aos poucos, todos os moradores estavam no jardim, chocados, chorando, esperando uma explicação. Que não houve: depois de esvaziar o prédio, os homens simplesmente se fecharam dentro dele.

— Siegfrido chamando, câmbio.

— Wotan na escuta. Prossiga.

— Objetivo dois cumprido. Todos os intrusos expulsos e hotel ocupado. Câmbio.

— Parabéns. Passe ao objetivo três. Prossiga.

O objetivo três era se entrincheirar e ocupar indefinidamente o hotel até a plena reintegração da posse do imóvel.

A Suribra agiu imediatamente, abrigando os moradores em alojamentos provisórios, enquanto o antigo hotel era cercado pela PM. Das janelas, os invasores abriram fogo cerrado, demonstrando que não estavam para brincadeiras.

O telefone tocou na portaria do prédio. Felizmente o serviço telefônico na ilha já tinha sido restabelecido. Rambo atendeu e ouviu:

— Aqui fala o comandante da Policia Militar, coronel Melson Nunhoz. Quem são vocês? O que pretendem?

— Nós tomamos o que é nosso. – respondeu Rambo – Eu tenho procuração do dono deste hotel!

— Hotel? Que hotel? Vocês invadiram um condomínio de apartamentos!

Houve silêncio do outro lado e o comandante continuou:

— Vocês têm 10 minutos para se entregar com as mãos ao alto.

A resposta foi uma rajada de balas, prontamente respondida. Como não havia reféns no interior do edifício, a PM resolveu vencer pelo cansaço. O cerco durou o suficiente para que fosse exageradamente explorado pela imprensa. Algumas agências estrangeiras erraram ao noticiar que se tratava da desesperada resistência de moradores a um despejo forçado pela polícia brasileira.

À tarde do terceiro dia, Rambo foi para o rádio:

— Siegfriedo chamando. Câmbio. Siegfriedo chamando Wotan, câmbio.

Fez várias tentativas sem obter resposta. Foi então para uma das janelas da frente, deu um tiro para o ar e fez aquele gesto brasileiro, de girar uma hipotética manivela junto à orelha, significando telefonar. Foi entendido e dali a pouco o telefone soou. Rambo tentou negociar sua rendição mas acabou se entregando incondicionalmente. Não confessou quem eram seus mandantes, mas nem era preciso, só podiam ser os donos daquele antigo hotel e das três mansões invadidas.

O episódio serviu para arrefecer o ânimo litigioso dos proprietários. A questão fundamental, para os tribunais, era definir o tempo transcorrido: valiam os quatro meses de 2007 ou os 25 anos extra-calendário? Se fossem contados esses 25 anos, o direito do usucapião era indiscutível, não cabendo a alegação de que motivos de força maior impediram os titulares das escrituras de exercer seus direitos. Mas a portaria ministerial 782/08, transformada em decreto-lei, institucionalizou os 25 anos extra-calendário e tornou pacífico o entendimento dos tribunais, favorável aos posseiros.

Entretanto, o interesse dos proprietários em retomar a posse de seus imóveis, que já não era grande nas primeiras semanas, diminuía diariamente e tendia a ser nenhum. Estava ficando claro que seus bens na ilha tinham deixado de valer o que valiam antes, ou de valer qualquer coisa. Ilhabela não era mais um paraíso de férias e lazer. Mesmo que nunca mais acontecesse, a lembrança e o medo do sumiço impediriam durante muitos e muitos anos a volta do turismo. E a natureza tardaria décadas em restaurar a vegetação e as belezas naturais que fizeram todo o encanto da ilha.

Como sempre, erro dos economistas

Despojada do mercado criado pelo turismo, único motor do seu desenvolvimento, a economia de Ilhabela estava fadada a um drástico encolhimento, semelhante ao que sofreu no correr do século XIX, quando teve de deixar de plantar café, cana-de-açúcar e de traficar escravos. Os hotéis, resorts, pousadas, clubes, bares e restaurantes finos, assim como todo o comércio voltado para o consumo dos forasteiros, continuariam desativados – não podiam existir sem o turismo. As majestosas residências secundárias virariam taperas; muitas já eram. Os empreendimentos imobiliários estavam falidos e falidos ficariam. A presença na ilha de serviços de demanda popular, como supermercados, agências bancárias, postos de gasolina, padarias e farmácias, dependia do poder de compra da população. Este poder era constituído pelos salários e rendimentos provenientes de empregos e de outras fontes pagadoras que só voltariam a pagar se o turismo pudesse ser reanimado. O reconhecimento oficial do tempo passado extra-calendário fez caducar todas as dívidas, prestações, impostos e contas não pagas, o que aliviou a população mas transferiu o ônus aos credores – um ponto a mais em desfavor da ilha.

Enfim, os habitantes de Ilhabela podiam ainda não saber, mas já eram de fato tão pobres quanto os de tantos municípios de regiões despojadas de recursos, vivendo apenas de uma agricultura de subsistência, do INSS e da bolsa-família. Logo teria início a migração dos mais jovens e mais aptos em busca de mercados de trabalho. A população minguaria drasticamente e poderia chegar ao piso dos 5.000 habitantes de 1948.

Mas ainda era cedo. Fora os banqueiros, os economistas e os infelizes proprietários de imóveis, a gente não se dava conta do que estava quase por acontecer. Ressabiada, a população continuava a viver como nos últimos 25 anos, procurando ignorar as vantagens da “redescoberta”. Todos os que pescavam, plantavam e colhiam continuavam a plantar, colher, pescar e a viver dessa produção. Era como se intuíssem que esse seria seu destino. Os gêneros “importados” do continente eram inacessíveis. A maioria não tinha dinheiro para comprar os alimentos, roupas, calçados e produtos de higiene e limpeza, oferecidos pela CONAB a preços subsidiados.

Com o levantamento da quarentena, no começo de janeiro de 2008, o serviço regular da travessia foi restabelecido. Mas a procura era pouca e, por isso, só havia balsas três vezes ao dia: de manhã cedo, ao meio dia e no fim da tarde. As pessoas só iam à ilha por necessidade, a serviço. O medo não diminuíra, pelo contrário: estigmatizada por alguns pastores de grande audiência televisiva, Ilhabela passara a ter uma reputação diabólica.

Contudo, um novo tipo de visitantes apareceu. Eles não estavam interessados em praias nem ecologia, não possuíam interesses na ilha e lá não tinham parentes nem conhecidos. Pouco exigentes, não procuravam hotéis finos nem restaurantes a la carte. Queriam apenas estar lá onde “a coisa” acontecera, sentir a atmosfera, ouvir e apertar a mão de quem esteve “do outro lado”. Não eram muitos no começo, mas depois de três meses já constituíam uma romaria incessante de gente que vinha de todo o país. Na medida em que o afluxo de forasteiros aumentava, o comércio oportunista foi se estabelecendo e mudando a fisionomia urbana. Os hotéis colocaram suas estrelas de lado e se transformaram em albergues e hospedarias. Os restaurantes voltaram à ativa, convertendo-se ao “por quilo”. Em todas as calçadas brotavam lado a lado as bancas dos ambulantes. E em todas as lojas e ambulantes podiam ser encontradas as “Lembranças do Fim do Mundo”, isto é, qualquer objeto com esta etiqueta e um selo certificando que aquela pedra, aquela boneca quebrada, aquele concha, aquela semente, aquele fragmento de louça, aquela qualquer coisa, enfim, se achava na Ilhabela durante o seu sumiço.

Era inevitável que a repercussão do sumiço de Ilhabela na opinião pública mundial tivesse um efeito bumerangue na própria ilha. Peregrinos de todo planeta começaram a surgir em número crescente. Vinham por voos charter ou transatlânticos fretados (inesperada nova frente de negócios para a Linha C e outros armadores). Eram pessoas mais exigentes do que os brasileiros, tanto que gastavam bastante mais. Não tinham medo de que a ilha pudesse sumir outra vez; pelo contrário, muitos desejavam secretamente que isso acontecesse enquanto estivessem lá.

O turismo internacional chegou para ficar. Tornou-se um movimento constante, crescente, que não variava muito de acordo com as estações. Quando diminuíam os europeus, aumentavam os asiáticos. Não tardou muito para que Ilhabela se tornasse um dos maiores polos de peregrinação conhecidos. Passou a receber mais gente do que alguns dos santuários mais populares do planeta, como Bodh Gaya, Jerusalém, Lourdes ou a Praça São Pedro. Em questão de meses, subiu ao topo do ranking mundial, só perdendo para a insuperável Meca.

A economia da ilha tomou um impulso nunca antes imaginado. A hospedagem, o serviço e o entretenimento da avalanche de forasteiros exigia importantes obras de infraestrutura que animaram a construção civil. Esta já estava bastante ocupada com a edificação de sinagogas, mesquitas e os templos de numerosos credos, cada um com a sua arquitetura: católicos, ortodoxos, ortodoxos gregos, protestantes, anglicanos, seitas evangélicas, budistas, xintoístas, mórmons, sem falar no maior templo de todos, um magnífico shopping center que ocuparia o espaço central da Av. Santos Dumont, área do antigo aeroporto. Como num jardim bem adubado, floresceram estabelecimentos de todo tipo de serviços, de casas de câmbio a cabeleireiros, de cursos de línguas a pizzarias. O tráfico de droga, é claro, voltou forte, sob o olhar complacente da polícia, orientada a não constranger os gringos.

As antigas atrações da ilha estavam mortas. O novo turista não queria saber de praias, visitar cachoeiras, praticar esportes aquáticos ou fazer caminhadas pela floresta tropical que, de qualquer modo, já não existia. Nem mesmo o IBAMA fazia pressão pelo reflorestamento. As terras ocupadas pela agricultura familiar, que sustentou a população durante os anos do Sumiço, eram um cenário que precisava ser preservado por causa da imagem mística da Ilha. Essa imagem era importante para autenticar o novo negócio de potes de espigas de milho em conserva, fatias de mandioca desidratada, pacotes de pipoca e pets de garapa sem conservante. Acondicionados em embalagens multilíngues como alimentos miraculosos provenientes do único pedaço da terra que permaneceu 25 anos no Além e voltou santificado, esses produtos se tornaram campeões de venda nos supermercados do mundo. É claro que a produção de Ilhabela era meramente “emblemática”, insuficiente para abastecer as indústrias que exportavam tais comestíveis com valor agregado e assim contribuíam significativamente para o PIB nacional.

A reviravolta na vida dos habitantes foi radical. Eles eram o centro das atenções dos peregrinos que os cumulavam de pedidos – posar para fotos e vídeos, gravar depoimentos e dar autógrafos, passear de mãos dadas, travar relações de amizade, comerciais ou sexuais. As ofertas de emprego choviam e, como a força de trabalho disponível não fosse suficiente para atender à demanda, a ilha passou a atrair trabalhadores do país inteiro e do exterior. A previsão de um decréscimo da população se inverteu e logo surgiu a necessidade de aumentar a oferta de habitação popular, outro mercado que se abria para a construção civil e o negócio imobiliário.
 

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