Animais

Publicado: Sábado, 14 de março de 2009

A importância da proteína na alimentação dos pets

Conheça detalhes sobre o papel dessa substância na comida!

A proteína é um dos ingredientes fundamentais para a nutrição dos pets. Presente em todas as células do organismo, a importância desse nutriente já está em seu próprio nome que vem do grego proteios, que significa “em primeiro lugar”. Não é para menos que a proteína acumula diversas funções, como a de renovar e constituir as estruturas dos órgãos internos (osso, pele e músculos), veicular e transportar determinadas moléculas, constituir os hormônios que regulam o funcionamento dos mais diversos órgãos do corpo e os anticorpos responsáveis pelo combate às doenças.
 
Todos os alimentos industrializados possuem esta substância, porém é exatamente a qualidade da proteína um dos fatores que diferencia as categorias de alimentos – econômicos, standard, premium e super premium. “Quando vamos analisar o perfil nutricional de um alimento, devemos ficar atentos à qualidade da proteína e não à quantidade, pois os números enganam”, explica o médico veterinário da Total Alimentos Wander Palomo.
 
Wander esclarece que muitos produtos do mercado exibem em seus rótulos o número de 22% de proteína em um alimento para cães adultos, mas muitas vezes a fonte dessa proteína pode ser, por exemplo, pena de galinha, que realmente possui esse valor, mas não pode ser digerida pelos animais – que não possuem a enzima necessária para sua absorção – ficando com uma digestibilidade em torno de 40%. “Isso significa que de 100% que o animal come, 40% ele absorve e 60% ele elimina em forma de fezes!”, alerta.
 
Subprodutos de miúdos de carne e farinha de ossos também são componentes que podem ajudar a aumentar a quantidade de proteína descrita na embalagem, mas possuem baixa digestibilidade. “Agora, se temos um produto para cães adultos com 18% de proteína, originada de carne fresca, galinha, ovelha e até mesmo peru, mas com uma digestibilidade de 88 a 92%, temos um aproveitamento muito melhor, eliminando uma quantidade muito pequena de fezes”, explica o veterinário.
 
Os proprietários de animais de estimação devem ficar atentos à relação de ingredientes descrita nas embalagens dos alimentos, geralmente no item “composição básica”. Wander explica que dificilmente as embalagens descrevem o nível de digestibilidade do produto, porém agora, com a criação do selo PIQ Pet – Programa Integrado de Qualidade Pet – o primeiro projeto que tem como objetivo a certificação voluntária das indústrias do setor, os proprietários terão maior facilidade em reconhecer os níveis de garantia do produto. “As empresas participantes devem seguir padrões nutricionais com níveis de digestibilidade mínimo e máximo para cada categoria de alimento, o que vai proporcionar um maior nivelamento e facilitar a escolha pelo consumidor”, explica o veterinário.
 
Para produtos premium para cães, por exemplo, os fabricantes são obrigados a ter uma digestibilidade de matéria seca maior ou igual a 75% e Proteína Bruta maior ou igual a 75%, extrato etéreo (gordura) maior ou igual a 85%, extrativo não nitrogenado (ENN) maior ou igual a 80%. Já para produtos super premium, deve-se ter uma digestibilidade de matéria seca acima de 80% e Proteína Bruta acima de 80%, extrato etéreo (gordura) maior ou igual a 90%, extrativo não nitrogenado (ENN) maior ou igual a 85%. “Para essas duas categorias – premium e super premium – o mais importante é o que chamamos de energia metabolizável in vivo, que nada mais é do que obter resultados de digestibilidade avaliados e comprovados frequentemente com os cães da Estação de Pesquisas da empresa”.
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