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Publicado: Domingo, 15 de junho de 2008

Razões da imigração Japonesa

Crédito: saopaulo.sp.gov.br Razões da imigração Japonesa
Os imigrantes japoneses trabalhavam no campo

Desde o fim do século XIX, o Japão atravessava uma crise demográfica, com o fim do feudalismo e o início da mecanização da agricultura. A população do campo passou a migrar para as cidades, para fugir da pobreza e as oportunidades de emprego tornaram-se cada vez mais raras, formando uma massa de trabalhadores rurais miseráveis.

O Brasil, por sua vez, apresentava falta de mão-de-obra na zona rural. Em 1902, o governo da Itália proibiu a imigração subsidiada de italianos para São Paulo (a maior corrente imigratória para o Brasil era de italianos), deixando as fazendas de café, principal produto exportado pelo Brasil na época, sem o número necessário de trabalhadores. O governo brasileiro precisava encontrar uma nova fonte de mão-de-obra.

Nesse período, os japoneses foram proibidos de imigrar para os Estados Unidos, em razão da I Guerra Mundial, e não eram bem recebidos na Austrália e no Canadá. O Brasil tornou-se, então, um dos poucos países no mundo a aceitar imigrantes do Japão.

Nos primeiros sete anos de imigração japonesa, chegaram ao Brasil 3.434 famílias, ou seja, quase 15 mil pessoas. Entre 1917 e 1940, foram mais 164 mil japoneses, dos quais 75% para São Paulo. A maior parte dos imigrantes chegou no decênio 1920-1930, mas o foco não era mais apenas as plantações de café. Eles também buscavam trabalho no cultivo de morango, chá e arroz.

Com o fim da I Guerra Mundial, o fluxo de imigrantes japoneses para o Brasil cresceu enormemente em razão do incentivo do governo japonês, que via crescer a pobreza e o desemprego no país devido à superlotação das cidades japonesas. O governo japonês também queria a expansão da etnia e da cultura para outros lugares do mundo, especialmente nas Américas, a começar pelo Brasil.

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