Bem estar

Publicado: Quinta-feira, 27 de março de 2008

Dia da Saúde e Nutrição - Marco Maida

Crédito: Arquivo Pessoal Dia da Saúde e Nutrição - Marco Maida
"Não esqueça de dançar, abraçar, beijar, pular e correr"

Itu.com.br -
Você trabalha com saúde mental e certamente acompanha muitas dificuldades de seus pacientes. O que você aprendeu lidando diariamente com a área de saúde mental? Que aprendizado importante poderia compartilhar com os nossos leitores?
 
Cuidar da saúde, nos dias de hoje, significa simplesmente fazer o contrário de quase tudo o que se lê ou se vê na mídia oficial, ou seja, revistas e jornais de grande circulação e emissoras de televisão aberta.
 
Via de regra, os meios de comunicação atrelam sua sobrevivência (emprego de seus jornalistas, editores, entregadores, publicitários etc.) aos interesses de seus anunciantes e, portanto, oferecem informações completamente oportunistas. Não é raro ver um anúncio de fast food após uma matéria sobre boa alimentação. Preciso dizer que fast food nada tem a ver com saúde? Acho que não, né?
 
Prefira jornais e revistas que apresentem visões diferenciadas daquela que a grande imprensa vende. Prefira canais de televisão que realmente primem pelo interesse público de educação, de respeito e tolerância às diferenças, sejam de ordem racial, sexual ou religiosa. Prefira sites como o itu.com.br, que trabalham matérias regionais, criando uma identidade cultural local. E acima de tudo, procure enxergar o mundo com os olhos do seu interlocutor. Muitas vezes, um conflito pode ser resolvido quando se percebe que o que parece má fé é, simplesmente, uma falta de informação ou formação humanista.
 
Você sabia que a maioria das pessoas, por falha do nosso processo educativo (oficial-escolar-e-familiar e não-oficial-midiático), está vivendo com base em paradigmas do século XIX. Não é exagero! Por isto, o meu trabalho cotidiano consiste em formar pessoas cada vez mais humanas, atualizando sua mentalidade e desenvolvendo sua afetividade.
 
E, para finalizar, não esqueça de dançar, abraçar, beijar, pular e correr. É triste ver um jovem atrofiando na frente de um computador ou de uma televisão.

Marco Maida é psicólogo e psicodramatista. No terceiro setor, atuou por 10 anos em grandes ONGs, tendo muita experiência na elaboração, execução e avaliação de projetos sociais.
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