Bem estar

Publicado: Quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Equoterapia, uma mistura de saúde e esporte

Crédito: Camila Bertolazzi / www.itu.com.br Equoterapia, uma mistura de saúde e esporte
Na equoterapia, seis profissionais assistem o praticante
A equoterapia é uma terapia psico-corporal que utiliza o cavalo como recurso terapêutico de reeducação e reabilitação, em uma abordagem interdisciplinar nas áreas da saúde e educação, buscando superar danos sensoriais, motores, cognitivos e comportamentais do praticante – geralmente pessoas portadoras de deficiências e de necessidades especiais.
 
Mas por que o uso do cavalo?
> O andar do cavalo e dos seres humanos tem uma diferença de apenas 5%;
> O cavalo se movimenta em um plano tridimensional (vertical, horizontal e lateral), proporcionando exercícios de coordenação e equilíbrio;
> O animal passa ao praticante a sensação de liberdade;
> Fortalece a auto-estima e a auto-confiança, afinal o paciente está em um lugar mais alto que os demais, tendo a sensação de poder;
> Melhora o lado afetivo, ligado à imagem corporal;
 
Esta atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força, do tônus muscular, da flexibilidade, do relaxamento, da conscientização do próprio corpo, do aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio. A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, o ato de montar e o manuseio final, desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e auto-estima.
 
Esse tipo de tratamento é destinado a indivíduos com diferentes tipos de síndromes e doenças, entre elas, cegos, surdos, autistas, pessoas com stress, fobia, hiperatividade, agressividade e déficit de atenção.
 
A equoterapia é formada por uma equipe de seis profissionais: Terapeuta Ocupacional, Psicólogo, Psicopedagogo, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo e Instrutor de Equitação. Juntos, eles trabalham o praticante dentro da limitação de cada um, traçando objetivos individuais para cada problemática.
 
“A equoterapia é um tratamento muito amplo. Podemos fazer várias atividades, mas sempre respeitando a deficiência e o limite do praticante”, afirma a Psicóloga e Equoterapêuta, Célia Aparecida Tomba.
 
Em cima do cavalo, as crianças, jovens e adultos, “brincam” com bolas, bambolê, ursos de pelúcia e vários jogos. “Uma das atividades praticadas é o basquete. Enquanto caminham com o cavalo, tentam acertam a bola na cesta”. Célia ainda completa: “Além disso, trabalhamos a parte reeducacional. ‘Quantas bolas você acertou na cesta?’, ou ‘Qual era a cor da bola?’’’, explica.
 
Segundo normas da Associação Nacional de Equoterapia, o tempo médio que o praticante deve permanecer em cima do cavalo são 30 minutos por dia. Esse tempo é suficiente para que haja transmissão do andar do animal para o sistema nervoso.
 
Apesar de todos os benefícios, existem várias contra indicações para o tratamento, como por exemplo, a luxação no quadril (desgaste). Antes que o paciente comece a praticar equoterapia, ele passa por exames médicos para se certificar de que o tratamento será benéfico.
 
O custo médio mensal de uma aula de equoterapia por semana é de R$260. Esse valor inclui a assistência de seis profissionais e todo o cuidado que o cavalo precisa.
 
Em Itu, a AMAI (Associação Amigos dos Autistas de Itu) é uma das poucas entidades que oferece como parte de tratamento a equoterapia.
Comentários