Cotidiano

Publicado: Quarta-feira, 15 de abril de 2015

Obras da adutora Mombaça prosseguem com a construção de elevatórias

Cronograma das etapas finais foi cobrado da concessionária.

Crédito: André Roedel/Itu.com.br Obras da adutora Mombaça prosseguem com a construção de elevatórias
O estágio das elevatórias encontrado foi o de instalação das ferragens na do Mombaça

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Na manhã desta quarta-feira, dia 15 de abril, uma comitiva liderada pelo prefeito Antonio Tuíze visitou as obras das adutoras dos ribeirões Mombaça e Pau D’Alho. O estágio das elevatórias encontrado foi o de instalação das ferragens na do Mombaça e, no Pau D’Alho, de montagem das caixas para a concretagem, prevista para os próximos dias, segundo informação da concessionária Águas de Itu.

As elevatórias serão operadas por um conjunto de 13 moto-bombas para realizar o recalque da água captada nos dois ribeirões. A potência somada deste conjunto chega a 1.600 CV. Para se ter uma noção dos equipamentos, esta energia seria suficiente para abastecer cerca de duas mil residências por mês, de acordo com números divulgados pela Prefeitura.

Localizado a mais de 20 km de distância da Estação de Tratamento de Água (ETA) do bairro Rancho Grande, o ribeirão Mombaça tem acesso pela estrada municipal do Pau D’Alho. Por ser estreita e toda de terra, não é fácil chegar até o local. O traçado apresenta muita incidência de rochas e curvas, o que dificultou o assentamento de alguns tubos. A outorga de captação de água do Mombaça, que desagua no Rio Tietê, é de 250 litros por segundo.

Alguns quilômetros antes do local onde fica o Mombaça encontra-se a elevatória do ribeirão Pau D’Alho, que também está em construção. Lá a outorga de captação é de 30 litros por segundo, que somados à quantia captada no Mombaça resultam em 280 litros por segundo que serão injetados na ETA que abastece a região central da cidade.

Serão 24,2 milhões de litros a mais por dia, o que equivale a 60% de captação daquela estação em períodos normais. Segundo a Prefeitura de Itu, o volume da nova adutora é suficiente para abastecer uma cidade com população estimada em cem mil habitantes. Ao todo, a adutora tem 22,5 quilômetros de extensão, com o assentamento de 3.750 tubos, dos quais 98% já foram colocados.

Prazo de entrega

De acordo com a Prefeitura, Tuíze cobrou um cronograma das etapas finais da adutora, que determinará o prazo de entrega. “A concessionária Águas de Itu nos solicitou mais uns dias para o envio do cronograma detalhado e poderemos analisar esta fase final somente após termos em mãos o cronograma completo, a previsão da chegada de equipamentos e de materiais”, explicou o prefeito.

Porém, em entrevista ao Itu.com.br, o prefeito disse que a concessionária afirmou que a água irá começar a chegar na estação de tratamento no início do mês de junho. “Se for assim está bom, pois o nosso período crítico é mais pra frente”, disse Tuíze. A mudança de empresa contratada para a execução das obras também colaborou com o atraso, mas o prefeito informou que as tratativas entre empresas privadas não são da alçada da Prefeitura.

Apenas quando necessário

O prefeito Tuíze ainda explicou que a água da adutora só será levada até a ETA quando os reservatórios estiverem abaixo da capacidade, pois a captação demanda gastos de energia elétrica que são desnecessários caso o volume de chuvas e a captação de ribeirões mais próximos estiverem atendendo a demanda.

Outras ações

O prefeito também informou sobre as outras medidas que o governo municipal está tomando para que Itu não sofra com falta d’água, da forma que foi em 2014. “Nós exigimos da Águas de Itu o desassoreamento dos reservatórios, que começou a ser feito no Taquaral, que pertence ao sistema Fubaleiro. Isso faz com que nós tenhamos uma capacidade de reservação muito maior. A mesma coisa está sendo feita no Itaim”, afirmou.

Tuíze também disse que o cenário atual é muito melhor do que o encontrado no mesmo período do ano passado. Hoje a maioria dos reservatórios opera com praticamente 100% da capacidade, enquanto há um ano eles possuíam cerca de 45% somente. “É uma situação bem mais favorável do que a que tivemos ano passado”, finalizou o prefeito. 

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