Cotidiano

Publicado: Quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Ministério Público faz novas recomendações para a crise da água em Itu

Para Promotoria, alternativas anunciadas pela prefeitura são insuficientes.

Crédito: André Roedel/Itu.com.br Ministério Público faz novas recomendações para a crise da água em Itu
Falta de água na cidade já completou seis meses

O Ministério Público (MP) divulgou, no dia 12 de agosto, novas recomendações à Prefeitura de Itu sobre a crise da água que já completou seis meses na cidade. As medidas são para que o poder público enfrente esta escassez, no sentido de viabilizar a captação total ou parcial de água em outorgas particulares, tomadas as cautelas com a qualidade da água, para distribuição por meio dos reservatórios públicos já existentes ou por meio de caminhões pipa e, ainda, transposição para as estações de tratamento de água mais próximas.

A recomendação, feita no Inquérito Civil que apura responsabilidades da Prefeitura, pelo desabastecimento de água no município foi expedida no dia 7 de agosto pelas Promotoras de Justiça Ana Helena de Almeida P. de Campos e Maria Paula Pereira da Rocha, após a resposta à primeira Recomendação, enviada pelo Município ao MP na semana passada.

Na resposta ao MP, a Prefeitura afirmou que não decretou o estado de emergência, mas que adotou providências. A Promotoria de Justiça, porém, considerou insuficientes as medidas anunciadas.

Na nova Recomendação, o MP sustenta que, segundo informações do DAEE, responsável por outorgas de uso de água no Estado de São Paulo, existem em Itu mais de 300 poços de captação de águas profundas, muitos deles com vazões superiores a 10 mil litros de água por hora. E lembra que as outorgas de direito de uso de recursos hídricos a particulares podem ser suspensas, parcial ou totalmente, para atender a situações de calamidade, bem como para atender a usos prioritários de interesse coletivo quando não se disponha de fontes alternativas. Para o MP, portanto, não se justifica a inércia do Município em aguardar a colaboração voluntária de particulares, sendo possível estender a requisição administrativa para a utilização desses poços particulares.

A Promotoria também expediu ofício ao DAEE para que suspenda a concessão de novas outorgas de uso de água enquanto durar a situação de desabastecimento em Itu e revogue aquelas outorgas com prazo já expirado. Além disso, deverá esse órgão providenciar a imediata fiscalização de todos os pontos de captação de águas superficiais ou subterrâneas particulares.

Leia a recomendação do MP!

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