Cotidiano

Publicado: Quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A Itu que queremos - 2

Por Norma Honda.

Crédito: Arquivo pessoal A Itu que queremos - 2
"É bem visível que a cidade de Itu está crescendo demograficamente e nós pediatras acompanhamos a evolução dessas crianças"

Neste ano (2015) irei completar 20 anos que estou residindo em Itu. Sou muito grata pela receptividade das pessoas de Itu desde que cheguei.

Como pediatra surpreende-me o crescente número de novos cidadãos ituanos que estão nascendo a cada ano. Um número surpreendentemente de bebes recém nascidos são trazidos pelos pais ao meu consultório e acredito que o mesmo ocorre com os demais colegas pediatras. É bem visível que a cidade de Itu está crescendo demograficamente e nós pediatras acompanhamos a evolução dessas crianças.

Os recém-nascidos de hoje apresentam comportamentos totalmente diferentes de há 40 anos(anos 70) quando graduei me. Aos sete dias de vida, o bebe olha nos nossos olhos de forma firme e atenta, parecendo querer reconhecer as pessoas e explorar o ambiente.

Recordo-me que nos anos 80, algumas crianças surpreenderam-me por serem muito evoluídas, precoces e aumentava em numero a cada ano. Uma das crianças, nascidas em 1983, aos 6 anos expressava o que estava sentindo com muita exatidão: “Norma, minha mão não obedece o que o meu cérebro manda”( pela pouca idade, não conseguia fazer tudo que pensava e queria executar).

Nos anos 90, recebi de uma amiga espiritualista através de um e-mail artigos sobre “crianças índigos”. Inicialmente não dei muita atenção, julgando ser um algum modismo, uma rotulação a crianças, mas, ao mesmo tempo no consultório aumentava progressivamente o número de crianças muito inteligentes e passei a aprofundar no assunto.

Hoje, pelo menos 95% de meus pacientes apresentam essa evolução.

As crianças índigos, além de inteligentes, são bastante hiperativas, mas não apresentam a TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade). Devemos estar atentos as crianças que estão tomando a Ritalina, muitas vezes sem necessidade.

Desde então, tornou-se para mim um grande desafio ser pediatra dessas crianças e analisá-las de forma holística(a criança como um todo,alem do corpo físico) e orientar seus pais como cuidar delas. É muito gratificante ser também uma educadora, orientadora dos pais. E, sempre que necessário encaminho aos profissionais adequados a cada caso.

Há quatro tipos fundamentais de crianças índigos.

1- Humanistas
Os que gostam de trabalhar com massas. Poderão ser médicos, advogados, e professores, vendedores, executivos e políticos de amanhã. Geralmente são hiperativos (“elétricos”) e extremamente sociáveis; tem opinião própria. São leitores vorazes e fazem muitas coisas ao mesmo tempo.

2- Conceituais
Mostram interesse mais por projetas do que por pessoas. Serão os engenheiros, arquitetos, designers, astronautas, pilotos e oficiais militares do futuro. São crianças de porte grande e atlético. Apresentam tendência para controlar situações e pessoas (suas mães se forem meninas e seus pais, se meninos). Apresentam propensão a vícios, especialmente drogas durante a adolescência; portanto, necessitam de monitoração constantemente; principalmente quando dizem “não quero que entrem em meu quarto” como se estivessem escondendo algo.

3- Artísticos
São mais sensíveis e de porte físico menor que os outros tipos. Provavelmente serão professores ou artistas devido sua criatividade. Se escolherem a medicina, por exemplo, podem ser cirurgiões ou pesquisadores. No campo artístico, tendem ser excelentes atores. Na faixa entre quatro e dez anos de idade, mostram interesse por diferentes tipos de artes e instrumentos musicais, e somente na adolescência irão se decidir e especializar em alguns deles.

4- Interdimensionais
Fisicamente são mais desenvolvidos que os outros tipos de índigos e aos dois anos querem fazer tudo sozinho. Tendem a trazer novas filosofias e religiões ao mundo. Podem ser briguentos devido o seu tamanho e por não se enquadrarem na sociedade como os outros tipos.

Resumindo, o que é uma criança índigo?

“É aquele que apresenta um conjunto de características psicológicas incomuns e um padrão de comportamento ainda não classificado pela ciência”.Recomendo
a leitura do livro “Crianças índigo”de Lee Carroll e Jan Tober da editora Butterfly,que indico sempre aos pais,onde encontrarão muito mais detalhes sobre o assunto.

No dia a dia de meu consultório oriento os pais a “deixarem de lado” o estilo de educação recebido por seus pais. A abordagem em qualquer situação deve ser diferente.

Dar ordens, pedir para fazer algo, chamar para colocar os brinquedos em ordem não dá resultados. Tornam-se mais rebeldes. Por exemplo,proponha uma brincadeira para arrumarem juntos cada um colocando em ordem algo especifico;use a tua imaginação a todo o momento em todas as situações. Procurar ouvir o que as crianças querem dizer antes de julgá-los como “sem educação”, “respondões”, “entrões” na conversa, ou “contestam muito”. Temos que dar oportunidade para elas externarem o que pensam, expressarem o que sentem.

Há também as crianças cristal, que são tão inteligentes quanto às índigos, mas, não são rebeldes, mantendo-se silenciosas, observadoras, responsáveis. São mais tranquilas, muito introspectivas, gentis, amorosas.

Muitas crianças índigos são diagnosticadas de TDHA (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade). Devemos analisar todos os critérios desse problema com muito cuidado para não serem tratadas com medicamentos sem necessidade.

As crianças na atualidade, dessa nova geração, necessitam de muita atenção, carinho, orientação, proximidade com os pais que mais se irritam, pois ficam desnorteados com o comportamento delas. Sobretudo elas precisam de muito amor assim como todos os seres humanos.

Homenageio as crianças de Itu que serão os futuros jovens a desbravar essa terra e os futuros adultos a cooperarem na evolução e na transformação de Itu que queremos.

Norma Honda é Médica Pediatra e Homeopata, com especialização em Pediatria no Japão e pós-graduação em Homeopatia e cursos de Medicina Tradicional Chinesa, Tai Chi Chuan, Qi Qong e Meditação com Mestre Liu Pai Lin. Trabalha também com medicina Orto-Bio-Molecular.

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