Projeto "Hortas Escolares" da AIPA é destaque em trabalho de Pós-graduação
O Projeto "Hortas Escolares sem Agrotóxicos", desenvolvido pela AIPA em Itu, desde 1991, já recebeu diversas vezes distinções de âmbito nacional. Desta vez, o projeto vira foco da monografia que a pesquisadora Luzia Adolfo de Oliveira acaba de defender como trabalho de conclusão de seu Curso.
Itu.com.brO Projeto “Hortas Escolares sem Agrotóxicos”, desenvolvido pela Associação Ituana de Proteção Ambiental (AIPA) em Itu desde 1991, já recebeu distinções de âmbito nacional, como o Prêmio Crefisul 1994, e a escolha do projeto como uma das cinco referências brasileiras de Educação Ambiental na primeira teleconferência sobre o tema, promovida pelo Ministério da Educação, em 1997.
Desta vez, este projeto foi foco da monografia que a pesquisadora Luzia Adolfo de Oliveira acaba de defender, como trabalho de conclusão de seu Curso de Especialização em Meio Ambiente e Sociedade, da Escola Pós Graduada de Ciências Sociais da Fundação de Sociologia e Política de São Paulo. A resposta positiva, diz ela, foi unânime. Entre os elogios de diretores de escolas, professores, alunos, autoridades entrevistadas ela ouviu que o programa da AIPA nas escolas estimula a observação dos alunos, desenvolvendo a reprodução escrita e gráfica das experiências, que incentivando o enfoque crítico, ale de contribuir para a busca de soluções dos problemas ambientais.
Com o título “Educação Ambiental como tema transversal no ensino: estudo de caso da ONG AIPA em escolas do Município de Itu”, o trabalho teve como base a avaliação histórica da implantação da Educação Ambiental no país, e as principais formas preconizadas hoje para formar cidadãos conscientes de suas responsabilidades com o meio ambiente. A partir disso, abordou a metodologia teórica e prática desenvolvida pela AIPA.
Além das entrevistas, Luzia de Oliveira visitou as escolas, para avaliar a aplicação prática da metodologia proposta. “É uma experiência prática de ensino de educação ambiental que satisfaz as exigências legais e tem plena aceitação pelas autoridades locais, corpo docente do município e alunos em questão”, escreveu a pesquisadora na conclusão, relatando que o único desafio é tornar permanente o trabalho em todas escolas ituanas.
“Faz parte dos objetivos da AIPA estimular a pesquisa científica. Neste sentido, só o fato do estudo ser realizado, já seria importante. Ficamos surpresos e honrados com as observações e conclusões positivas de Luzia de Oliveira”, comenta Juljan Czapski, presidente da AIPA. Na última segunda-feira, dia 29, a Associação deve levar uma proposta ao prefeito Herculano Junior para estender o projeto destas hortas sem agrotóxicos às escolas municipais, como ocorreu no período de 1991 a 1998, quando a AIPA atendeu simultaneamente dezenas de milhares de crianças das EMEIS e Centros Infantis, com repercussão positiva não só no município, como em todo país.